domingo, 14 de junho de 2020

W43 O CASAMENTO DE MEUS PAIS - HÁ 67 ANOS

ábado, 15 de novembro de 2008

W 43 -  O CASAMENTO DE MEUS PAIS - HÁ 67 ANOS

Em 15 de Novembro de 1941, a Maria Antónia Aguiar e o João Dias Moreira casaram na Igreja de S. Cosme, Gondomar. Toda a família presente, muitos amigos, também... A noiva, revolucionariamente, de fato de saia e casaco branco, "Chanel", em vez do tradicional vestido comprido, em que a mãe queria vê-la... 
A Avó Maria, adoentada, e a Tia Lena, muito doente, com uma pleurisia quase fatal, foram as únicas ausências na Igreja, mas estiveram na festa, na Vila Maria.
Fotografias de conjunto não há, e dos noivos só se conhece uma, tirada pelo amigo Danilo, um bom amigo do meu pai, não um bom fotógrafo.
Depois da boda, o casal pernoitou em Espinho, nesta casa da R. 7, então pertencente ao bisavô Capella. De manhã, tomaram o pequeno almoço no Café Chinês, e seguiram no "Vouguinha" para o interior, sem dia certo para chegar a Viseu. Foi a noiva que escolheu como destino final essa cidade, onde queria ver as escadas suspensas (que eu, tendo estado tantas vezes em Viseu, nunca visitei). E pela região, passearam romanticamente, pouco importando ser tempo de fim de outono. Eis um sintético relato feito pela então noiva, que foi a oradora principal da nossa tertúlia de hoje, que juntou a Manela (Kika) e a Xaninha, à volta da mesa redonda, com toalha de linho e flores ao centro. Os habituais cozinhados da Olívia, uma excelente tarte de limão à sobremesa, os brinde, muito champanhe... Só faltava o noivo.Lembramos a sua alegria na comemoração das bodas de ouro! 
Da lua de mel não fizeram fotografias, mas, dos anos que se seguiram há muitas.
 

 















Publicada por em 16:23   

7 comentários:

Maria Manuela Aguiar disse...
Na noite que os noivos passaram nesta casa de Espinho, a Mãe quis tomar um chá. Teve de ser o Pai a fazê-lo, porque ela não sabia como... Até eu sei, e sou uma completa nulidade em culinária. Para além de chá e café, não vou além de cozer ovos. Como dizia um amigo inglês:" Já percebi. Só sabes ferver água!"  Mariazinha ficava aquém desta meta...  As irmãs, todas, brilhavam no palco de uma cozinha! A Avó Maria também, porém, não foi com ela, na época já muito ocupada na sua missão de "voluntariado", mas com as criadas, que as outras aprenderam.
sábado, 15 novembro, 2008 
Maria Manuela Aguiar disse...
O Pai, portista como eu, teria hoje tido um bom presente de aniversário: o FCP ganhou 2-0 ao Guimarães! Fui ver, com o Tozinho, o sobrinho bisneto favorito do meu Pai. Ainda não tinha 4 anos feitos, quando ele morreu, poucos dias antes de nascer a Tété (em 1996), mas, durante muito tempo, lembrava-se imenso dele. E, no Natal desse ano, disse-me: "Hoje " dei um olá" ao Tio João". E eu, sem perceber de quem ele falava, perguntei: "Qual tio? O João Miguel?".  Resposta: "Não. O teu Pai!" E eu, espantada: Como é que "deste o olá"? O menino de 4 anos, levantou os olhos para o céu e apontou com a mão: "Lá para cima".
sábado, 15 novembro, 2008 
Maria Manuela Aguiar disse...
Só uma vez festejamos o 15 de novembro, por ocasião do 50º aniversário. Na altura, estava eu de saída da vice-presidência da Assembleia (onde fui substituída pela Leonor Beleza),  no processo eleitoral para o Conselho da Europa, que me interessava bastante mais do que aquele cargo protocolar, e, talvez por isso - por estar em fase de transição - preparei a festa muito imperfeitamente. Lapso imperdoável: esqueci-me da parte religiosa! A missa! Com o Padre Leão, que tem o dom raríssimo de dizer em poucos minutos, de uma forma lapidar, o essencial, talvez na capela da Nossa Senhora da Ajuda, onde o Pai ia diariamente. ... Depois, ainda chegou a ser pensado, no quadro de um ida colectiva a Fátima, mas... tinha passado a data. Ficou, pois, apenas a festa laica, no meu andar da Rua 7, que, com o sotão grande e os dois patamares de entrada (sem vizinhos, que são aves de arribação no verão...) , nos deu  espaço suficiente. E que bela festa, animada pelas canções da "Família Aguiar Pereira"! Espero que eles contem,  senão, conto eu, que remédio... Comenta a Docas, aqui ao lado: "Dá-me ideia de que vais ser tu..."
domingo, 23 novembro, 2008 
Docas disse...
Lembro-me que alguém lhes ofereceu um ramo com 50 rosas amarelas. Lindíssimas! Quem seria?
domingo, 23 novembro, 2008 
Maria Manuela Aguiar disse...
Náo sei ao certo, mas, jogando no perfil psicológico dos participantes, apostaria no Tio António. Um Aguiar, dos que conhecem o significado tradicional da "flor", para a família, e do amarelo para a minha Mãe. A Docas propende para a Meira. Não, disse eu, a Meira e Mário deram-lhes uma rosa espectacular, sim, mas de filigrana. Está no oratório da sala.
domingo, 23 novembro, 2008 
Maria Antónia Aguiar disse...
Quem mais se aproxima é a Docas. Foi o Paulo, que as ofereceu! Parece-me que o estou a ver, com o imenso ramo na mão, as 50 rosas deslumbrantes na mão, a entrar lá em casa. Mas é exacto, também, como diz a Manela, que a Meira me ofereceu uma rosa de filigrana, agora guardada numa redoma, dentro do oratório. A Xaninha e os filhos deram-nos muitas coisas, que saíam todas de uma gigantesca caixa de papel dourado. E a cada uma que anunciavam a peça, e o seu propósito, e tiravam-na lá de dentro. Era gargalhada geral! Depois cantaram, em coro, músicas tradicionais, daquelas que eu gosto, mas com letras inventadas por elas. Com muita graça, e vozes maviosas. Um ambiente perfeito, muito mais animado, no que respeita à festa, do que a do casamento, 50 anos antes. O único "contra" era o envelhecimento dos noivos. Ou do noivo, porque eu, naquela data, nos meus 70 e pouco, estava ainda como nova!
domingo, 23 novembro, 2008 
Maria Antónia disse...
Perguntam-me pormenores sobre a viagem de lua de mel, que eu já não sei responder. Do género:"Como ia vestida?"
 Sei que, durante a viagem, dei muito uso ao próprio fato de saia e casaco "channel" beige claro, com que casei na Igreja. Era elegante e quente, como convinha em época de inverno. E levava um casaco comprido, também. O tempo era de maior formalismo do que hoje. Nada de calças de ganga para senhoras, e nem mesmo para homens. O João também usou bastante o fato azul escuro do casamento. Lembro-me das viagens de comboio, em que dormi imenso tempo! Dos hóteis agradáveis, de alguns passeios pelas cidades (Aveiro, Viseu), dos restaurantes e cafés - mas tudo vago... Foi pouco mais de uma semana, porque o João era funcionário da Câmara de Gaia e esgotou as férias. Voltámos a Gondomar. Ficámos a viver em casa da minha Mãe. Lá, na Villa Maria, nasceram a Manela e a Lecas. A Manela, tal como o Tónio, no quarto grande, em cima (quarto mais fresco e arejado - era verão!). A Lecas, como o Mário, no 1º andar.
segunda-feira, 24 novembro, 2008 

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