segunda-feira, 31 de maio de 2010

PORTUGAL
Território e Cultura

"Fazei, Senhor, que nunca os admirados
Alemães, Galos, Ítalos e Ingleses
Possam dezer que são pera mandados
Mais que pera mandar, os Portugueses"

Há anos, um dos nossos grandes políticos, intelectual, professor catedrático, propôs que o Dia de Portugal passasse a ser aquele em que se comemora a batalha que consolidou no trono o primeiro rei, Dom Afonso Henriques, como sendo o dia em que, por esse facto, se abre o caminho à independência nacional.
Nunca me tinha encontrado em maior desacordo com ele - pessoa que estimo e admiro... A meu ver, uma Nação pode fundar-se em inevitáveis confrontos bélicos, mas é na vivência, na persistência, na cultura que se refunda, duravelmente, pelo que acentuar este último aspecto, sem desvalorizar o primeiro, só é de enaltecer...
Foi preciso, é certo, um território nosso para existirmos, mas a Nação construiu-se pela vontade política de sermos Portugueses, com a nossa língua, crenças, tradições, feitos e projectos colectivos, independência verdadeira (para dedidir, e "pera mandar", na expressão do Poeta), com a capacidade de continuar um percurso histórico, cada vez mais longo, cada vez mais disperso, pelas sete partidas do mundo, com uma presença universal encarnada em milhões de cidadãos expatriados...
"Portugal é mais uma cultura do que uma organização rígida".
Lembro-me de ouvir estas palavras do Dr. Francisco Sá Carneiro, em 1980. Ficaram comigo, para sempre, como uma síntese feliz do que somos e queremos ser: uma cultura em expansão - em comunidades situadas na geografia de todos os continentes. Uma língua das mais faladas a nível planetário, no século XXI, um elo de ligação entre povos que partilham passado, presente e, previsivelmente, partilharão futuro.
Por isso, mais do que guerras, confrontos, conflitos, dentro de fronteiras e no espaço de um império (que também os houve e foram uma parte do processo de "Expansão"...), o que perdura, como matriz deste Portugal maior, é a sua cultura e experiência de convívio com outras culturas.
Que imagem do País, captado nesta sua essência esplêndida e eterna, poderíamos nós encontrar, melhor do que a dos poemas Camões, melhor do que a da Diáspora - a dos portugueses habitam, ainda agora, muitos dos lugares do nosso mítico passado?
A proposta que comecei por referir é, afinal, bem característica de uma certa forma de insatisfação nacional, a obsessão da mudança pela mudança, ou de uma subserviente a imitação de exemplos estrangeiros. Tendo nós encontrado uma fórmula ideal de nos olharmos, de nos mostrarmos, de bem connosco e com os outros, no simbolismo do dia nacional, ainda assim havia quem quisesse uma alternativa, evocando querelas e pelejas entre mãe e filho, entre clãs da aristocracia da época, apartando a Galiza, hoje cada vez mais próxima, distanciando de nós, na celebração, a memória dos Lusíadas de tempos idos, e dos novos Lusíadas, os emigrantes do tempo que corre!
Não teve acolhimento a sugestão e, assim, Portugal continuará, de uma forma tão original e tão expressiva dos seus valores, a rememorar Camões e as Comunidades Portuguesas, a 10 de Junho.
E, como bem sabemos, os que tivemos, como eu tive, a sorte de viver esta comemoração, ano após ano, junto de muitas e diversas comunidades da Diáspora, a celebração é mais sentida, mais emotiva, mais agregadora, fora do próprio território pátrio do dentro dele.
Esta é para mim, por tudo isto, uma data muito especial, cheia de recordações e de saudades. Uma ocasião para dizer aos amigos do Brasil e de outras comunidades, que eles são, para nós, motivo de imenso orgulho e, sobretudo em momentos de assustadora crise e de incerteza, como os que atravessamos, uma razão de esperança!
É a hora de reler os versos do Poeta, e, nas suas palavras inspiradas, adivinhar ou buscar a profecia:
"Olhai como depois de um grande medo
Tão desejado bem logo se alcança".

Maria Manuela Aguiar

sexta-feira, 28 de maio de 2010

As Mulheres na República dos Homens

Tertúlia no salão com vista para o mar da Biblioteca Municipal.
Primeiro, uma simbólica homenagem a Carolina Beatriz Ângelo, no dia em que se completam 99 anos sobre a data em que ela se tornou a primeira mulher portuguesa, e uma das primeiras no mundo, a votar na eleição parlamentar. Alunos da Escola Domingos Capela reconstituiram a cena, revelando-se como promissores actores de teatro.
O guião ficou a cargo da Professora Mestre Arcelina Santiago, que se inspirou na carta da própria Carolina, a descrever as vissicitudes que rodearam o histórico acto eleitoral. Muito bem!
Eles, os jovens, não esquecerão mais esta notável Mulher. Vamos ajudar a ressurreição da sua memória. Para o ano, havemos de celebrar, com pompa e circunstância, o centenário deste voto.
Na 2ª parte, uma mesa redonda com mulheres da República de hoje, que continua a ser, fundamentalmente, uma república de homens. Mulheres pioneiras no concelho de Espinho:
Profª Elsa Tavares, a primeira vereadora e presidente da Câmara; Drª Saudade Teixeira Lopes, a primeira deputada da Assembleia Municipal; Profª doutora Graça Guedes, a 1ª presidente da Assembleia Municipal e a mais jovem, Lígia Santos, a 1ª mulher no executivo da Junta de Freguesia de Espinho.
Uma sala cheia, inundada pelo sol, num ambiente simpático, avivado pelas cores alegres das camilhas de pequenas mesas redondas, com os alunos do curso de hotelaria da Escola Domingos Capela a servirem biscoitos de Valongo, acompanhados de refresco de capilé.
Do debate falaremos depois.

terça-feira, 25 de maio de 2010

CV resumido

Maria Manuela Aguiar Dias Moreira
Licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra(1965)
Pós graduação em Direito pela Faculdade Livre de Direito e Ciências Económicas do Instituto Católico de Paris (1970)

Profissão
Assistente do Centro de Estudos do Ministério das Corporações e Segurança Social(1967/1974)
Assistente da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica de Lisboa(1972/73)
Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra/1974/1976)
Assessor do Provedor de Justiça (desde 1976)
Docente do Mestrado de Relações Interculturais da Universidade Aberta(1990/1993)

Actividade Política
Secretária de Estado do Trabalho do Governo Mota Pinto (1978/79)
Secretária de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas do Governo Sá Carneiro (1980/81)
Idem, no Governo Pinto Balsemão (1981)
Deputada pela Emigração (1981/83)
Secretária de Estado da Emigração do Governo Mário Soares- Mota Pinto (1983/85)
Secretária de Estado das Copmunidades Portuguesas do Governo Cavaco Silva (1995/1997)
Deputada eleita pelo Porto e Vice Presidente da Assembleia da República (1987/1991)
Presidente da Comissão da Condição Feminina (1987/1989)
Deputada eleita pelos círculos de Aveiro (1991/95) e pela Emigração (1995/2005)
Representante de Portugal na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa APCE) e na Assembleia da UEO (1993/2005), Presidente da Delegação Portuguesa à APCE e AUEO (2002/2005)
Presidente da Comissão da Migrações e Refugiados da APCE, Vice-Presidente das Comissões do Regimento e da Igualdade. Vice-Presidente do Grupo Liberal, seguidamente, Vice-Presidente do PPE na APCE. Vice-presidente da AUEO.
Membro Honorário da AUEO e da APCE, desde 2005.
Actualmente, Vereadora da Cultura da Câmara de Espinho

CONDECORAÇÕES
Portuguesa
Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal)

Brasileiras
Grã-Cruz da Ordem do Cruzeiro do Sul
Grã-Cruz da Ordem do Rio Branco

Estrangeiras
Grã- Cruz da Ordem de Mérito (Alemanha)
Grã-Cruz da Ordem de Mérito (Itália)
Grã-Cruz da Ordem do Império Britânico
Grã-Cruz da Ordem Leopoldo II (Bélgica)
Gr~-Cruz da Odem Fénix (Grécia)
Grã-Cruz da Ordem Francisco Miranda (Venezuela)
Grande Oficial da Ordem da Estrela Polar (Suécia)
Grande Oficial da Ordem de Mérito (França)
E outras

segunda-feira, 24 de maio de 2010

FEST em ESPINHO

O FEST tem o seu lugar cimeiro entre os eventos que, ano a ano, animam Espinho.
Vemo-lo, antes de mais, como um meio esplêndido de continuar as tradições de uma história rica de expressão de valores humanos e de criatividade artística, renovando uma antiquíssima ligação à "7ª Arte", uma vez que teremos sido a terceira terra de Portugal a visionar um filme, certamente com o sentimento de participar num momento pioneiro e mágico.
E, ao longo das décadas seguintes, em que se vai construir uma estância de turismo de renome nacional e internacional, vários foram as salas e os espectáculos de cinema a fazer parte do seu desenvolvimento e poder de atracção.
O Festival Internacional de Cinema Jovem não é, com certeza, uma volta ao passado, antes promete, com a qualidade e o prestígio que se lhe reconhece, transportar para o futuro a magia eterna de uma arte a que Espinho se afeiçoou.
Merece, assim,naturalmente, o encorajamento e o apoio de quem é responsável pelo pelouro da Cultura neste Concelho, ciente de que mais do que a dimensão geográfica estática de um urbe pequena importa a sua superior e dinâmica dimensão cultural, que o FEST contribui para engrandecer e projectar.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Teresa, de novo...

É muito curioso o modo como, num país onde as mulheres são ainda raras na política, a nível nacional, as pessoas as reconhecem, pondo-lhes, porém, o 1º nome que lhes vem à memória- e que nunca é o nome delas. Pelo menos no meu caso, não é.
Quando estava no governo conjuntamente com Leonor Beleza e Teresa Gouveia, muitas vezes me chamaram um desses nomes e apelidos...
Nos últimos tempos, não por confusão na personalidade, mas por "lapsus linguae", saía a muitos, após o acertadíssimo "Manuela", um mais habitual "Ferreira Leite" do que "Aguiar".
O mais divertido de todos os lapsos foi o de um jornal de Espinho que recentemente escreveu que a mandatária de Passos Coelho, em Espinho, era a Drª Manuela Ferreira Leite... Obviamente não era. Era eu mesma, Aguiar de apelido.
Estive na reunião onde o Dr.Pedro Passos Coelho fez uma simpática referência à mandatária e sei que ele não se enganou. Tratou-se, pois, de um genuíno "lapsus calami" .
Hoje, estive na festa de 1º aniversário da revista "As Letras entre as Artes", no auditório da Biblioteca A. Garrett, e escolhi uma cochia lateral, ao lado de um senhor a quem perguntei se a cadeira estava ocupada. Respondeu que não e que era, para ele, uma satisfação que eu me sentasse ali. Deduzi que me conhecia da tv, mas, a certa altura, ele indagou, com a interrogação na voz, tipo "dúvida quase certeza": É a Drª Teresa Gouveia, não é?

domingo, 16 de maio de 2010

SLB também foi protagonista da Final da Taça de Portugal

À SLB!
Não no relvado de jogo - aquele relvado do Jamor que parece mais próprio para umas vaquinhas pastarem do que para praticar futebol - mas fora, a apedrejar pacíficos autocarros de adeptos portistas...

UMA VITÓRIA É UMA VITORIA

Ainda por cima merecida, embora por margem imerecidamente tangencial.
A 15ª Taça de Portugal, ganha pelo FCP...
Não marcou golos fáceis na 1ª parte, depois na 2ª penou. Pela minha parte, temia, sobretudo, que alguns dos seleccionados fossem para um hospital do Porto, em vez de irem para a África do Sul. A rapaziada do Chaves estava motivada demais, e aquele árbitro só encontrou, no bolso, o cartão vermelho no prolongamento e logo para o aplicar ao capitão do FCP, após um 2º amarelo mostrado ao outro lado...

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Uma última tomada de posse

















Desta vez, é mesmo a última.
Na verdade, num percurso político definitivamento atípico, só me falta mesmo ser, aos 70 anos, presidente ou vogal de Junta de freguesia - depois de ter, aos 35, "assentado praça em general", na governação do País (em duas Secretarias de Estado de boa memória).
E, por sinal, em governos daqueles que fazem "curriculum".
Executivos sérios, e a sério, que não podem confundir-se com estes "arremedos" de governação, farsas espalhafatosas e ruinosas, que temos suportado no século XXI.
Primeiro a pasta do Trabalho, com MOTA PINTO. Depois, a emigração, com SÁ CARNEIRO.
Continuei no seguinte com Balsemão, a quem me desunia um forte sentimento de antipatia mútua. Na verdade, quem lutou pela minha permanência foi o líder do outro partido da coligação, com quem tinha directamente trabalhado no MNE...
Saí, na primeira oportunidade - que foi uma remodelação parcial, ao fim de 8 meses - após ter protestado contra a magreza do orçamento destinado às comunidades do estrageiro (um orçamento "vergonhoso", disse numa entrevista ao Diário Popular que fez com isso manchete, em letras gigantescas - na mesma data, Bráz Teixeira o titular da Cultura, também foi "saneado por ter adjectivado o seu orçamento de "ridículo"...).
Porém, retornei, reincidi, a convite de MOTA PINTO no Governo do Bloco Central, presidido por MÁRIO SOARES. E cometi o erro de me manter na equipa de CAVACO SILVA - aquele em que os secretários de Estado desceram à categoria de "adjuntos de ministro". Para esses "downgrades" eu não tenho vocação...
Não me importo nada de ser adjunta, mas adjunta mesmo, como fui, por exemplo, de Rui Machete, pouco depois do 25 de Abril. Os conteúdos funcionais devem corresponder às designações!
No termo dessa experiência traumatizante, com um MNE que chamava Rússia à União Soviética, por genuína confusão de terminologia, e que dava despachos a lápis, recusei-me a ser deputada pelo círculo de emigraçaõ, dando o claro sinal de que queria "mudar de Vida".
Mudei!
Acolheram-me na lista do PORTO!
E fui, surpresa das surpresas, depois das eleições, instada pelo PSD do Prof. Cavaco, a candidatar-me à Vice-presidência da Assembleia, lugar jamais dirigido por voz feminina. Isto é, o grupo parlamentar do partido, então liderante, apresentou o meu nome para esse cargo, o 2º na lista de sucessão do Presidente da República, como, noutro dia, aqui em Espinho, recordava o Carlos Luiz.
No parlamento português tomei posse atrás de posse, durante 17 anos, e, na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa, em Estrasburgo, durante 13.
Retirei-me em 2005, quando Santana Lopes chegou ao poder. Não me mandaram embora, mas eu achei que estava na hora de pôr ponto final na actividade política, porque as sintonias com aquela nova vaga directiva escasseavam (nada contra as pessoas, como pessoas!).
A simpatia por Luis Montenegro, que é um jovem que muito admiro, levou-me a integrar a sua lista autárquica em Espinho. E, 4 anos depois, acabei por ficar na lista, sem Montenegro e com um grupo que não me conhece, nem eu conheço, excepto muito superficialmente.
Uma aventura - a última. Em curso, ainda.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

A Lição de Orwel ("O triunfo dos porcos") aplicada ao futebol

Conhecem a expressão:
"Somos todos iguais, mas há uns que são mais iguais do que outros".
Li a fábula de ORWEL, na versão inglesa, há muitos anos. Foi leitura obrigatória - e deliciosa - de um dos trimestres do curso do British Institute de Coimbra, onde tirei o meu "Lower Certificate", pela Universidade de Cambridge.
Parece que em português a tradução é "O triunfo dos porcos". Não tenho a certeza, e, de qualquer forma, não é de porcos que quero falar. É de discriminação - e, por acaso, de discriminação em caso de triunfo.
De uma vergonhosa e escandalosa discriminação, absolutamente paradigmática do centralismo português, que se estende da política ao desporto.
Há cidades ou regiões mais iguais do que outras. Há portugueses mais iguais do que outros. Há clubes de futebol mais iguais do que outros.
Ao longo de 4 anos, o campeão nacional deste desporto, no dia em que ganhou a Liga, não mereceu nos telejornais das várias televisões mais do que uns minutos.
O vencedor era o FCP - um clube do norte do país.
Hoje, todas as televisões nacionais - RTP-1, SIC, TVI, SIC-Notícias, RTPN e TVI 24 estão a dar intragáveis e repetitivas reportagens, todas de uma inevitável similitude, há cerca de 90 minutos, sobre a vitória do SLB - clube da capital da Republica - no campeonato.
Nos TELEJORNAIS!
Haverá algum país do mundo civilizado onde aconteça coisa semelhante?
Já imaginaram uma vitória do Paris-St Germain a dominar por completo os telejornais de França? Ou a vitória do Chelsea a monopolizar os da Grã-Bretanha??
No que respeita aos canais privados, não haverá muito a fazer - apenas "zapping" para outro canal... É ridículo, é quarto-mundista, mas é o mercado a funcionar, deploravelmente. Constata-se (um "galicismo", eu sei...).
Em relação às que pertencem ao Estado, acho que esta discriminação deveria ser objecto de protesto, de análises comparativas com o que aconteceu em anos anteriores, de denúncia desta vergonhosa parcialidade e de sanção, naturalmente.
Que ideia é esta de "serviço público"? É para isto que eu pago taxa de rádio e de televisão na factura da electricidade?
Até às 22.00 h, a única alternativa, em canal aberto, para os teleespectadores, foi a RTP2, onde passou um programa sobre HITLER!...

Publicada por Maria Manuela Aguiar
6 comentários:
Maria Manuela Aguiar disse...
Pelo visto, a RTP julga que só tem obrigação de prestar serviço público no 2º canal...
Aí, sim, às 22.00 horas, foi possível "teleespectar" mais do que uma só e obsessiva notícia.
Agora, às 22.40, a RTP1 tranmite um concurso, a 2 um programa sobre Mafra, a 3 e a 4 novelas, e todas as noticiosas por cabo continuam a dar, incansavelmente, os festejos SLB... Tempo de navegar na NET, ou de deitar mais cedo...

9 de Maio de 2010
Maria Manuela Aguiar disse...
Outra vergonha foi a expoliação de que foi vítima FALCAO.
Na realidade, ele foi o maior goleador. Porém, viu as arbitragens sonegar-lhe meia dúzia de golos, indevidamente anulados.

9 de Maio de 2010
Maria Manuela Aguiar disse...
E a verdade é que o FCP depois do regresso de HULK não perdeu um único ponto.
Uma vintena de jogos sem HULK foi o que se viu...
Por isso, é impossível aceitar como limpo um campeonato viciado pela Comissão de Disciplina da LIGA.

Contra o Porto e contra o Braga!...

9 de Maio de 2010
Maria Manuela Aguiar disse...
Atenção:
A RTP1, onde eu estava "refugiada" para escapar às estúpidas reportagens sobre o SLB, volta ao mesmo: o SLB em Moçambique, em Coimbra, em Castelo Branco, o autocarro vermelhão. A "concorrência" continua, mais saudavelmente, com as novelas - hélas! não é o meu forte... Mudei para a BBC World - só para ver se a notícia sobre a vitória do Chelsea sobreleva todas as outras.
Para já não: Hung Parliament, é a primeira (negociações partidárias para a formação d novo governo - conservadores e liberais? - depois as declarações de Brown e outros trabalhistas). Já lá vão mais de 10 minutos e ainda estamos na política, essa coisa secundária e despicienda no paraíso em que se transformou Portugal...
2ª notícia: euro zona, a Grécia, a crise, menção de Portugal, Espanha e Itália. Dois ou três minutos...
3ª notícia: derrota do partido de Merkel em Dusseldorf, perda da maioria.
4ª: cinzas vulcânicas, afectando Portugal, Itália, etc.
5ª os talibãs paquistaneses e as suas bombas potenciais. Hillary comenta, de fato cinza vestida.

9 de Maio de 2010
Maria Manuela Aguiar disse...
Finalmente, a vitória do Chelsea na Liga inglesa, Em 30 segundos, sem imagens do jogo, que o Chelsea ganhou por robustos 8-0 ao Wigan - não por um resultado tangencial (à Benfica em fim de época).
Quase igual relevo tem a vitória do Inter, que ainda lhe não garantiu o campeonato, porque Roma também ganhou (tangencialmente...).

9 de Maio de 2010
Maria Manuela Aguiar disse...
Agora, intervalo lúcido na RTP1: Herman entrevista Mário Augusto.
Nos canais de cabo prossegue o carnaval SLB.
Não tenho nada contra o carnaval dos adeptos, compreendo a sua alegria e vontade de foliar, mas como espectáculo omnipresente de televisão é pobre...

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ainda o FCP-SLB

Um dos meus vários comentários do Círculo Aguiar" - os outros ficam por lá...

"Foi uma noite televisiva muito interessante: na expectativa de que o SLB ganhasse o campeonato nesta jornada todas as tv noticiosas por cabo reservaram a noite para celebrar a vitória, com luxuosos paineis de especialistas, preparados para tecer as loas da praxe!
Tiveram que gastar o tempo todo a falar, afinal, da superioridade portista, com uns intervalos dilatórios para zurzir o árbitro e, no caso dos benfiquistas mais fanáticos, como Rui Santos, para sobrevalorizar o insignificante incidente das bolas de ténis atiradas ao autocarro do SLB.
Até parece que em Lisboa nunca se passou nada de semelhante...
Mas passou. Coisas semelhantes e coisas incomensuravelmente mais graves. Mortes de adeptos, craneos de atletas perfurados, carros de dirigentes apedrejados em autoestradas - risco de morte...
O confronto Norte- Sul está, de novo, em cena... Aguardam-se os próximos capítulos."
Estima-se que não vão além das "armas verbais"!!!

Segunda-feira, 03 Maio, 2010

A melhor vitória do FCP!

Não no campeonato,(hélas!), mas ao (eventual) futuro campeão. Ou, como diz Pinto da Costa, ao "campeão dos túneis".
3-1 ao SLB.
Não fui ao jogo, pela pura e simples razão de não querer assistir a (eventuais) festejos de vitória do inimigo, na nossa própria casa. Seria mau demais, mas, felizmente, isso não aconteceu. O meu primo e habitual companheiro de bancada no Dragão lá esteve, e levou consigo uma amiga, para que o meu lugar não ficasse vazio.
Como é óbvio, também não vi o jogo pela tv (o que me enerva mais do que ver ao vivo...), nem ouvi relatos.
Andei a fazer coisas várias, para me distrair, enquanto o tempo passava... A certa altura, resolvi ir regar flores nos nossos mini-jardins e, justamente durante esses minutos, fui surpreendida pelo clamor da audiência do vizinho "Lemon Caffé". Apurei o ouvido: cantavam "somos campeões". Deduzi: golo do SLB... Continuei a regar vigorosamente as plantas...
Mas, pouco depois, novo clamor, igual e sem cântico... Tive de averiguar o estado do jogo, na rádio.
2-1 para nós!...
Era pouco, para me aventurar a assistir. Porém, quando na Sic-Notícias, anunciam o feito do Beluschi (o 3-1), saí porta fora, a caminho do tal café e gozei os últimos minutos no meio de uma multidão de portistas, que lançavam para o ar saborosos palavrões!