domingo, 27 de dezembro de 2009

Em Elizabeth, NJ

Vinda expressamente para estar presente nas celebracoes das bodas de ouro sacerdotais do Padre Jose Manuel Fernandes - uma personalidade notavel no mundo da nossa diaspora.
Conheci-o ha quase 30 anos! Estava ele a frente da paroquia portuguesa de Caracas e iniciva eu os meus periplos pelas comunidades. O seu entusiasmo por tudo o que era trabalho para os portugueses e vivencia portuguesa tornavam-no um exemplo dee como se deve estar em comunidade e ajudar os outros em todas as dimensoes da vida colectiva. Dentro e fora da Igreja (se e que a Igreja verdadeiramenter nao deve estar em todo o lado, como Cristo esta, e por isso o trabalho nas areas cultural ou social, e ocasiao de dar forma a uma mesma missao!)

A missa e as 11.30 h.
Depois conto.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Coimbra, há tanto tempo!...

Meio século.
Foi há meio século que atravessei, pela primeira vez, a Porta Férrea. Já como estudante da Faculdade de Direito. Ou melhor, futura estudante porque estava dispensada do exame de aptidão à faculdade e fui acompanhar uma amiga que se apresentava a essas provas - a Maria Emília.
Estava ela apaixonada por um amigo, que ali andava, pelo mesmo motivo. Apresentou-mo.
Foi, por isso, o primeiro colega que conheci em Coimbra. Cinco anos depois, acabei por ser eu, não ela, a casar com ele. Preferia que as coisas tivessem corrido bem entre eles, mas assim não aconteceu.
Estudávamos os três juntos, íamos para todo o lado juntos.
Mas logo ele começou a fazer-lhe confidências - gostava de mim...
Confidências que ela me "inconfidênciava", cada vez mais, pragmaticamente, curada da antiga paixoneta. A solidariedade feminina funcionava, pelo que só ele não sabia que eu sabia.
Um dia, a meio do ano, terminei com aquele "jogo de enganos", pondo tudo a claro. Ele não imaginava que eu estava a par dos seus benditos sentimentos por mim e, muito menos, dos da Mª Emília por ele.
Havia subentendidos das nossas conversas que lhe escapavam, pequenos remoques emilianos ou manuelinos... Ou não lhe escapavam inteiramente, deixando-o um pouco desconfortável (era um rapaz esperto e intuitivo...).
Tempos muito divertidos. Há meio século!...
Por essa altura, ainda eu escrevia um "diário" - não diariamente, diga-se. É dele que vou falar.
O Diário de Anne Frank impressionava, enormemente, as jovens da minha geração. Não tínhamos uma réstea de talento, mas achávamos que devíamos deixar ao futuro as impressões e os sonhos dessa nossa idade, igual à dela, que, por desgraça, nunca teve outra...
Eu, sim. Envelheci. E não olho, hoje, com excessiva benevolência essa tentativa falhada de transmitir, de uma forma literária, os meus estados de alma.
Melhor teria sido, à maneira do Blogue Círculo Aguiar, ater-me a factos do quotidiano, a comentários curtos sobre pessoas e acontecimentos.
Os meus diários intermitentes, muito mal escritos ao correr da pena, só ganham algum interesse quando lembram episódios que jaziam no esquecimento.
Esta semana trouxe comigo de Lisboa o diário que vai de Maio 1962 a Janeiro de 1963.
Li-o de ponta a ponta e a única expressão que sublinhei respeita à guerra colonial, que então ensombrava a nossa natural alegria de viver - aos rapazes, porque tinham na linha do horizonte o dantesco espectáculo de uma guerra muito real, agendado para o "dia seguinte". Às raparigas, porque estavam preparadas para os acompanhar, de longe ou de perto, e partilhavar a sua sorte, sentimental e afectivamente.
Era o meu caso...
Escrevi, pois, a 21 de Janeiro de 63, uma 2ª feira:
"Bafiento e miserável país este! Não só porque é pobre, mesquinho de mentalidade, como tem um governo de megalómanos com a obsessão das caravelas a navegar dentro das cabeças".
Gosto da idéia das obsessivas "caravelas a navegar dentro das cabeças" do governo de então!
Porém, como se vê, muito deficientemente enroupada, nas palavras, na própria construção da frase...
É ela escrita no contexto de um episódio completamente esquecido. Figura central: Álvaro, colega goês.
Transcrevo:

"... Estudei umas 2.30 horas de tarde e às 5.30h fui ao cinema ver mais um filme do ciclo (Umberto D), por sinal, muito bom, mas também muito triste. Em seguida, estive à conversa com o Álvaro, que embora tenha passado o verão em Coimbra, tem a época de Janeiro (para exames) por ser goês."
Segue-se a frase já citada...

"...O Álvaro bem quer ir para a França ou a Inglaterra, mas não lhe dão passaporte, porque os goeses querem continuar portugueses até ao fim dos séculos, e estes que estão cá dentro são reclames vivos, slogans dessa idéia.
Mandam-no escrever para o Governador de Goa (em Lisboa), com um ar muito sério, como crianças ou doidos num manicómio..."

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Maria Luís, uma inesquecível presença na RTP

Não apenas a exibição de dança no gelo sobre patins!
Foi igualmente expedita e a mostrar grande à-vontade na resposta às perguntas das entrvistadoras.
Estava bem vestida e bem penteada.
Elegante, ágil e graciosa a deslizar sobre o gelo.
Sorridente, simpática e inteligente no diálogo. Como momento alto da umaa ainda curta, mas já notável, carreira de desportista amadora escolheu o seu 3º lugar no campeonato europeu de patinagem.
Venceu a competição com uma colege mais velha e experiente e vai voltar ao programa!

António Aguiar, grande vencedor do concurso comemorativo do 1º aniversário do Círculo Aguiar

No "Círculo Aguiar", por altura do 1º aniversário do blogue, lançamos um concurso aberto aos mais jovens, para os envolver mais na história da família, na narrativa do seu e nosso quotidiano, e para premiar a arte de bem escrever português.
Um dos prémios era puramente quantitativo (bastava escrever o maior número de comentários), o outro qualitativo.
Ambos foram ganhos, sem margem para dúvidas, pelo António Aguiar, de 16 anos!

A Maria Teresa, de 13 anos, também se destacou, ganhando uma série de outras categorias em concurso.

Foi uma experiência bem sucedida. É para continuar!