domingo, 26 de junho de 2011

Monárquicos, também, os Avós paternos







Olívia Fernandes Capela e Manuel Dias Moreira.


A Avó Olívia pouco interessada na política, mas muito religiosa.

O Avô monárquico convicto e, mais tarde, adepto incondicional do Estado Novo. Nem eu, de quem ele gostava tão especialmente, o conseguiria convencer a abandonar as suas ideias conservadoras.





Mas coincidíamos noutros domínios, como o cinema, o teatro, o futebol (FCP!).

Monárquicos - do lado materno












Do lado materno, os Bisavós, Carolina e Joaquim (definitivamento ligado ao Partido Regenerador, ele que era tabelião e viera de Paredes, sua terra, para ocupar o cartório em Gondomar parece não ter conseguido converter os filhos às suas teses, pois eles seguiram a tradição republicana do Tio Manuel Guedes...). Mais da sua linha ideológica eram as filhas , a Avó Maria, as Tias Rozaura e Glória, e também o filho Padre, Américo... E os genros, Avô António Carlos (Aguiar) e Manuel.



As fotos são de várias épocas. A Bisavó Carolina, é ainda muito jovem, o Bisavô já idoso (onde estará o seu retrato de juventude? Desorganizadíssimos, os meus ficheiros...). As imagens das irmãs, Maria , Rozaura, Glória Doroteia são de 1909-1910. A do Avô Aguiar talvez um pouco mais tardia.


E muitos mais havia, nestas gerações, que viveram nos dois regimes...



















Na geração seguinte, também há divisão. A começar pela Mãe, monárquica, e pelo Pai, republicano.

Os Tios Republicanos




Tio Bisavô Manuel Guedes Ferreira Ramos
(que dá o nome à praça do Município em Gondomar, irmão da Bisaó Carolina), Tios António Mendes Barbosa, Alexandre Mendes barbosa e José Barbosa Ramos.

Onde estarão as fotos do Tio Alberto?















Coimbra 63 - Curso de Direito




Eis-me na 1ª fila, a 3ª a contar da esquerda, seguida do meu colega e ex-marido, Manel Quiroz, e do amigo (da tertúlia do Tropical) João Quintela Paixão, que reencontraria, décadas depois, no MNE, como Embaixador.

Á direita, a Yolanda e, mesmo atrás dela, o Mário Claudio - meu escritor contemporâneo preferido

O Tio António no Aljube...



Os tios avós maternos (os do ramo Gondomarense) eram republicanos, revolucionários activos.

(exceptuava-se o Tio Padre, monárquico, regenerador como o Bisavô).

O Tio António era mesmo mais: anarquista! Esteve degredado em África (Angola) e várias vezes detido no Aljube.

Nesta foto é o da esquerda.

Também o Tio Alberto esteve no Aljube, mas não há retratos. O Tio Alexandre não foi assim tão perseguido, mas o mais jovem, o Tio José, já durante o Estado Novo, foi aposentado compulsivamente do Supremo Tribunal de Justiça, por razões políticas - é claro! - quando era o mais jovem Conselheiro de sempre.

Numa família politicamente dividida, mas afectuosamente unida, habituámo-nos a respeitar o pluralismo de opiniões! Para mim e tão natural como o ar que se respira...

No meu tempo de infância, os Tios também se dividiam entre os Aliados e o Eixo... (os meus Pais, felizmente, muito pró-britânicos!).

Uma afilhada campeã nacional

E portista, como a madrinha. Mas muito mais rápida a saltar barreiras - tal, como Cavaco Silva. No caso dela, o record nacional que estabeleceu, ainda junior, resistiu durante duas décadas.
Com muita pena minha, abandonou as corridas quando entrou na Faculdade.`
É Engª de Gestão, formada em Aveiro.
Acho que o País devia dar mais e melhores condições aos universitários, para a prática do desporto...

Última posse no Governo da República (1985)



Fico sempre um bocadinho irritada quando me dizem "foi Secretária de Estado do Prof Cavaco", como que insinuando que nasci para a política no cavaquismo. ERRADO!

Comecei nos governos de Mota Pinto e Sá Carneiro, continuei no 1º executivo de Balsemão (onde não fui feliz...), voltei no do "Bloco central", pela mão de Mota Pinto (renascendo das cinzas do balsemismo...) e acabei a saga, inadaptada, como "ajudante de ministro" no governo minoritário de Cavaco Silva.

Esta posse no Palácio da Ajuda foi, pois, a última, não a primeira...

A paisagem humana destes semblantes não augurava alegria no trabalho e felicidade...

Centenário da República em Espinho - a segunda revolução do século XX

Em Espinho foi novidade convidar membros dos partidos representados na Assembleia Municipal para um debate sobre o 25 de Abril, naturalmente aberto a todos. E a sala, que aqui não se vê, estava cheia!

Animadíssimo o debate, e muito civilizado, como seria de esperar. Notável intervenção do Coronel Jacinto, que, em 1974, só não era capitão porque tinha sido promovido dias antes a major.


Ficou prometida conferência sua sobre a guerra em Moçambique.


Na galeria do Multimeios uma bela exposição fotográfica do pós 25 de Abril de Marques Valentim.

Centenário da República em Espinho - emigração

A temática da emigração, que voltaria a ser tratada, em Junho, pela Drª Beatriz Matos Fernandes e pela Prof Doutora Beatriz Rocha-Trindade .
Nesta 1ª abordagem, o Dr Carlos Luiz, antigo deputado pelo círculo da emigração da Europa e na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa falou (brilhantemente!) sobre "Emigração e Exílio, nas Vésperas da Revolução" e a Drª Rita Gomes, antiga presidente do Instituto de Emigração e actual presidente da Associação Mulher Migrante apresentou a publicação sobre o Encontro da Diáspora em Espinho (Março 2009). Neste contexto, a Drª Rita prestou homenagem ao Governador Civil José Mota, pelo apoio dado à Associação para a organização daquele Encontro (quando ainda presidia aos destinos da autarquia). Em Espinho pós-2009, foi um momento inédito...












Setembro 2010 - Mestre António Joaquim e a nova vida do FACE de Espinho

Quantas coisas na vida acontecem porque aproveitamos uma oportunidade, fazemos uma pergunta, endereçamos um convite à pessoa que vem a provar ser a pessoa certa, no sítio certo, no momento certo...


Encontrei Mestre António Joaquim na inauguração da exposição, no Ateneu do Porto, de uma das suas talentosas seguidoras, a Pintora Maria Eugénia Sardoeira Pinto. E logo tentei alicia-lo a vir fazer uma retrospectiva das suas obras na s imensas e espectaculares galerias do FACE, que gabei devidamente e sem necessidade de exagerar. E, pouco depois, o Mestre fez-nos a prometida visita - estavamos em Julho. Tão entusiasmado ficou com o espaço que se disponibilizou para organizar a grande mostra em setembro.

"Setembro de 2011?" -avancei eu.

"Não! Setembro próximo" - foi a resposta.

Quando o Dr Bouçon contrapôs a impossibilidade de data, pois havia um pintor espanhol em vista, atalhei prontamente: "O espanhol não vai importar-se de adiar. Setembro é para o Mestre".

Os espanhois que expuseram na Galeria eram muito bons! Porém, não traziam público. Nas inaugurações, várias vezes aconteceu estar o pintor, o Dr Bouçon, eu e pouco mais... Nos dias seguintes era ainda pior...

A magnífica exposição do Mestre foi mesmo um ponto de viragem no destino do Museu. Veio gente de todo o lado! Da Feira, então, nem se fala! O próprio Presidente da Câmara, Alfredo Henriques, que, por insistência minha, fez o discurso de boas-vinadas a um Feirense tão ilustre, de Travanca, que é também a terra de uma das primeiras deputadas da Nação, Domitila de Carvalho. Depois de um mês animadíssimo por visitantes do Minho ao sul do País, as coisa mudaram: Agostinho Santos, que esteve presente, quis expor também, logo no início de 2011. (outra mostra esplêndida, outra enchente de visitantes...).

Presente estava igualmente Nassalete Miranda, que haveria de vir a ser a comissária dos dois inquestionáveis sucessos, que se seguiram, a Bienal "Mulheres de artes" e a que ainda lá se pode ver - "Arte pintada nas Letras", uma inédita reunião de obras de arte, de várias gerações e escolas, com que se celebrou o 2º aniversário di jornal "As Artes entre as Letras" ...

Voltando ao início, a Meste António Joaquim, ei-lo, comigo, junto ao seu quadro sobre Espinho, um inédito que, infelizmente, não foi adquirido pela Câmara, mas por um particular...

Dragão de Espinho



A mais completa das surpresas: receber da Casa de Espinho do FCP, da qual sou, naturalmente, associada, este simbólico galardão.

A família colaborou, cedendo fotografias para um documentário, mas guardaram segredo. Acho que era a única pessoa da cidade que não sabia mesmo nada. Quando o Dr. Sardoeira Pinto iniciou a intervenção a falar de mim ( "a grande Dragona", a "colega" de Coimbra...), julguei que era uma daquelas referências amigas que sempre me faz - mas quando foi além de um longo minuto comecei a desconfiar de algo de insólito, ainda sem imaginar o que seria...

Tudo infinitamente simpático, mas podia ter sido menos surpresa, para preparar, ao menos mentalmente, o "improviso". Assim, foi mesmo mesmo improvisado e logo saíram coisas como esta:

Sou portuguesa porque sou do Porto, não sou do Porto por ser portuguesa.

Raízes. Sofia de Mello Breiner dizia o mesmo de uma forma mais bonita.

É a ideia da Patria dentro da Pátria. Os adeptos dizem simplsmente "O Porto é uma Nação".

É.

E daqui houve nome Portugal!







sábado, 25 de junho de 2011

Presidência da Assembleia da UEO



Anos 90, em JNB



Á minha direita, o presidente do PSD de Joanesburgo, Comendador Fernando Lagoa.

Admirável e generoso dirigente da comunidade e do partido!

Sá Carneirista e dragão cmo eu. E um grande amigo!

A noiva rodeada pelas mulheres da família Aguiar



Não se pode dizer que seja uma fotografia muito tradicional, pois

o noivo (J M Aguiar) não teve lugar neste conjunto "só mulheres".

Um bocadinho feminista, não?

Mas eu gosto.

À esquerda, na 1º fila as três matriarcas: de amarelo, esfusiante, a Mª Antónia, de preto, exuberantemente, Glória Doroteia, discreta, como sempre, a mana mais nova, Maria Madalena.

Seminário sobre a "constitucionalização" do Conselho das Comunidades



Como Presidente da Subcomissão das Comunidades Portuguesas, instância organizadora do seminário, entre o Professor Barbosa de Melo e o então SECP, Carlos Gonçalves. No extremo contrário da mesa o Prof Bacelar de Gouveia, outro dos conferencistas. Mais tarde, foi a vez de ouvir o Prof Adriano Moreira.

Alto nível de intervenções, evidentemente. As actas estão publicadas pela AR.

Diploma para o presidente da APE João Morais



2005 Festa de despedida do Conselho da Europa - Paris, Avenue Kleber

Estive 13 anos como representante de Portugal na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa. Foi o único lugar que pretendi, durante toda uma passagem longa pela política (1978/2005). Foi oúnico lugar que gostei verdadeiramente de desempenhar, e que se multiplicou numa série de trabalhos interessantes - recomendações, relatórios, defesa das "minhas" causas, eleições para diversos cargos, amizades com colegas de muitas nacionalidades, contactos com a realidade de tantos países europeus, na grande Europa que o Conselho abarca.
A minha "paixão" foi correspondida. Fui quase sempre feliz nesta assembleia.
E que me lembre, fui também o único membro cessante que teve uma verdadeira festa de despedida - com champagne (na foto servido por um colega senador da República Francesa). Não sei explicar porquê! Esta era a minha derradeira intervenção na Comissão da Igualdade. O último relatório que consegui ver aprovado (sobre a discriminação da mulher no desporto) não contou com a minha presença, pois a tal se opôs o presidente da Assembleia recém-empossado Jaime Gama. Talvez a festa de despedida, tão insólita, singular e simpática tenha, afinal, sido uma maneira de os meu colegas mostrarem a sua solidariedade para comigo, a sua incompreensão e revolta contra essa atitude do parlamento português...

Já bem mais comum é a atribuição do título de membro honorário da APCE - 10 anos de permanência e o exercício activo do mandato dão direito à honraria. É, pois, partilhada por um número considerável de políticos aposentados... Na foto, Van der Linden, presidente da APCE (e antigo presidente do grupo PPE, com quem tive várias divergências ideológicas...) faz, sorridente, a entrega do diploma.

2010 FESTA PORTISTA em OVAR, com AURORA CUNHA



2005: Dragão de ouro


O João não é portista, mas é meu colega de Coimbra...






Manela, na sua campanha eleitoral preferida!



BI, 1960



Manela, fotos para o BI













































Nós -litoral do Alentejo, 1960



Eu, Nestó, Manela, Manica , Xana - atrás, Lecas e Quim

Manela com o seu famoso gato DRAGÃO



O único gato que tem retrato em tela (acrílico), pintado por mim...


Manela no mirante, com a casa lá ao fundo

Avós paternos



Back to 1942 (Manuela)