sábado, 1 de agosto de 2020

Centenário a República em Espinho (notícia)

Em Espinho, o centenário é para comemorar, ao longo de todo o ano. Na execução do programa cultural da Câmara, decidimos associar, sempre que possível, as diversas iniciativas, à rememoração dessa efeméride. Queremos ir além da mera celebração simbólica da fundação do regime, com actos solenes e palavras encomiásticas, e olhar para trás, para 1910, revivendo os modos de pensar e de estar, então, na sociedade e na política. E, olhar, também, em frente, para o “futuro do passado”, o caminho percorrido a partir de 1910. Ou seja, empreender o balanço possível das transformações que operou, de facto, uma revolução portadora de esperanças e de promessas, umas cumpridas, outras não. Vamos, por exemplo, promover um ciclo de palestras sobre os últimos “cem anos”, em vários domínios. “Cem anos de poesia” (organizada pela Biblioteca Municipal),” Cem anos de”: Direitos humanos; Direitos das mulheres; Municipalismo; Laicismo; Migrações portuguesas; “Cartoons”; Cinema e desporto em Espinho; ... Uma visão diacrónica do século até à actualidade, com as perspectivas que hoje se nos abrem. A intenção é envolver as pessoas, despertando o seu interesse pelos factos históricos e sua projecção ao longo dos tempos, em diálogo, sem sentimentos passadistas e sem preconceitos. Se houver resposta favorável dos munícipes, dos parceiros, como esperamos, muitos dos Festivais que se tornaram tradicionais em Espinho, integrarão esta componente “extra”, em alguns dos espectáculos – caso do “Tu cá, tu lá”; do concurso de “estátuas vivas”(com um prémio especial, previsto para a melhor estátua de um dos protagonistas de 1910); do Festival Internacional de Folclore, durante o qual queremos levar a cabo a reconstituição das festas populares e de um “comício republicano”, no Largo da Câmara. Em preparação está uma edição fac-similada dos jornais de Espinho, no período da revolução, que poderá, a par de outros eventos, mobilizar os jovens para a participação num concurso sobre o tema: “o meu diário da República”.
A 5 de Outubro, o Museu Municipal inaugura uma exposição sobre “Os Rostos da República” e organiza um colóquio sobre os movimentos feministas republicanos. Em simultâneo, o Arquivo Municipal promove a recomposição de uma sala de aula de 1910 e, também, trabalhos dos alunos sobre os períodos da Monarquia Constitucional e da República.
E mais haverá, com certeza, pois apoiaremos quaisquer projectos viáveis, que esta dinâmica propicie.






Em fins de 1968, o Padre Mário Lages era um dos bolseiros que residia na "Casa de Portugal" da Cidade Universitária de Paris.
É sobre esse tempo que escreverei algumas linhas - sobre o jovem Padre estudioso, erudito e comunicativo que então conheci e que se tornaria figura central do grupo de amigos que rapidamente ganhou contornos e existência definida naquele espaço de um Portugal transplantado, com alguns dos seus males e muitas das suas virtudes.
Outros falarão do professor, do investigador, do sacerdote, do cidadão empenhado nas questões sociais, no mundo da cultura, que tão bem soube conjugar essa multiplicidade de talentos nas missões que levou a bom termo.
Para mim, o Padre Mário Lages foi, ali, onde era mais necessária e também mais natural a aproximação entre "expatriados", um dos grandes construtores de uma singular comunidade em que integramos espontâneamento, sem uma intenção subjacente , de agir social e policamente, de influir nos destinos daquela "Casa" ou da "Cité".
O convívio quotidiano deu lugar à amizade, à vontade de entreajuda, à troca de ideias, ao aconselhamento e partilha de preocupações, de nível individual ou social -à semelhança do que acontece numa família alargada ou num pequeno círculo que as circunstância, sejam quais forem, de algum modo, fecham ao seu exterior, reforçando-o no interior. Ali, os estrangeiros que eramos se reencontravam com o melhor da "pátria", como espaço de costumes e modos de estar bem portugueses, em terra onde as liberdades que em Portugal se coartavam, eram coisa comum, ainda por cima exponenciadas nos confrontos de ideologias e projectos do pós Maio de 68. Portugueses à procura de um valorização académica, e igualmente desejosos de aproveitar as experiências da sociedade em que estávamos, no centro de uma Europa a que queríamos pertencer por bons motivos para além dos da geografia. Com uma grande ediversidade de formações, de sensibilidades, que mais tarde se haveriam de desenvolver no País, creio que o primeiro traço que nos unia era a crença na democracia e nos herança cristã de Portugal - ainda que o "rótulo" que nos colocaram de "católicos progressistas", não se basease em mais do que isso... Na verdade, alguns eram e outros não eram católicos praticantes, e a maioria não tinha aquela forma de envolvimeto político que a referência a "progressismo" fazia antever. Foi mais uma fase de reflexão, de preparação, de espera, de vontade de compreensão desse tempo e da nossa sociedade, tão cheia de contradições e de impasses.





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16 1969/70 - por razões q nos eram alheis, pois todos se candidataram à residência, a DISPERSÃO forçada( Brasil, Irão, Arg...) . A Casa continua a ser ponto de ecopntro, graças ao pequeno reduto que aí permanceu, nomeadamente,o P Mário.
No meu caso, convívio igaul/ harmonioso na Fund. Argentina i na CASA

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