terça-feira, 26 de maio de 2009

GACUM !!!


Tradução : GATO !!!
Com este preciso sentido, foi uma das primeiras palavras que a Madalena disse . "Gacum". Entusiasticamente!
Temos, a minha Mãe e eu sete "gacuns".
Número mágico, mas um pouco excessivo, para duas casas só, de pequenos jardins abertos nas traseiras. Lá se foram as rosas da Mãe e outra preciosas plantas e flores. Há que optar: impossível ter só o lado positivo dos simpáticos e asneirentos felinos.
Opção entre gatos e flores, gatos e sofás (para que servem as unhas de que a natureza os dotou?). E até gatos e crianças, a disputar o espaço físico e afectivo...
A Madalena, que "perseguia" os sete, como autêntica adoradora, agora tem medo deles - da espontaneidade às baias culturalmente impostas pelos educadores...
As outras primas pequenas, a Beatriz e a Laura também gostam deles, mas de uma forma menos exuberante. Todavia, mais perene, porque continuam a olhá-los como bons companheiros de brincadeira, enquanto a Madalena os evita, cuidadosamente.
Eu diria que a maior "fã" dos meus "gacuns" é hoje a Laura, que quis tornar-se a dona da mais pequenina, a TITA, com a condição de que não fosse de mais ninguém. Nada de partilhas e compropriedades - e ainda só tem 3 anos! ( a menina...).

Quando os gatos foram chegando, primeiro o Mandarim, depois a Seta, seguidamente a sua prole - "Willy-Willy, gato preto", Jão-Jão e Deco - a gata Tita, vinda sabe-se lá de onde, e o seu espantoso filhote "Dragâo", nascido meses depois, as reacções não foram bem essas, por parte dos (então) mais pequenos, como a Tété e o Tózinho. A minha afilhada não pende muito para bichos que não sejam de peluche - aos verdadeiros, prefere vê-los de longe. O Tózinho era, e é, mais afoito, mas começou a sentir-se "discriminado" perante eles - os primeiros, Mandarim, gato amarelo e "Seta" - queixando-se de que eu era mais complacente com os "meus filhos gatos" do que com as crianças!
Claro! Gato é gato, com poucas responsabilidades sociais presentes ou futuras..

























































É verdade que não exerço a devida disciplina sobre os sete. Acho-lhes graça assim. Ao natural. São lindíssimos, vaidosos, presumidos e, todos, vadios, mas de um modo muito próprio - à gato, quinta essência do individualismo. Os mais bem comportados - relativamente, claro... - são-no porque o querem ser.















































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7 comentários:

  1. Os gatos, um a um:
    O amarelo era um vadio manso, que a Mãe pegou ao colo, na Rua 64. Tem paixão por gatos, particularmente dessa cor - a sua cor preferida.
    Num impulso, trouxe-o para casa, deserta de animais desde a morte da Tita, em 1993 - 5 anos antes.
    Como tínhamos tido um gato amarelo, chamado mandarim, na década de 60, recebeu o mesmo nome. Com a esperança de que seja , mesmo, descendente desse primeiro e saudoso exemplar mais do que genial. Pode ser. É parecido!
    Mandarim I foi-me dado

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  2. O 1º Mandarim foi-me dado no dia da minha formatura em Coimbra.
    Chamou-se assim porque Mandarim era o café onde costumávamos estudar para exames - num ambiente de lusco-fusco próprio para desenvolver as miopias fortes, como a minha. E, óbvio, por ser amarelo!
    Na casa onde estava alojada, tinha nascido a ninhada, de uma gata como nunca vi outra - uma fantástica pedagoga. Passei tempos a observa-la. Dava para perceber que gostava daquela família felina. Por isso me fizeram a surpresa de me presentear com o mais ladino dos gatinho, de fitinha vermelha (vermelho jurídico) ao pescoço. Lá vim embora, feliz, de mala na mão e gato ao colo. Com o Manel, meu ex-marido, ao lado, também já muito afeiçoado ao amarelinho, que costumava sentar-se em cima de sebentas e tratados, no nosso quarto.

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  3. Este segundo Mandarim era, ao contrário do outro, esmeradamente educado e requintado, um simples gato de rua. Mas até nas brincadeiras, nos grandes saltos de dorso arqueado, que com o outro se chamaram "mandarinas" - e que ele executava, tipo ballet, para desafiar o "pequinois" dos Razzini - parecia, de facto, um clone!
    Foi sozinho o rei da casa durante mais de 3 anos.
    Ainda hoje é o super favorito da Maria Antónia, minha mãe... Permite-lhe tudo o que proibe aos outros - acesso à sua sala de estar, enquanto vê novelas, etc.
    Agora tem um único rival: o grilo Isidoro...

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  4. Fim tão triste e prematuro, o do Mandarim I, que deixamos vir para Espinho, quando quis namorar.
    Pena não o termos antes "neutralizado", como fizemos agora aos sete, gatos e gatas, por igual.
    Acabou a reprodução da espécie, em nossa casa...

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  5. Seta foi a segunda a entrar no nosso círculo. Da forma mais extraordinária: abandonada para morrer, de doença fatal, pela própria mãe. Pelo visto não é coisa rara. Quando o instinto lhes diz que não podem salvar um, vão tratar dos outros. O quintal era, então, mais acesível, e muitos gatos nos visitavam, em curtos "raids".
    Ela veio e depositou a cria...
    Nós, graças aos esforços do Paulo, que a tratou durante mais de um mês, com visitas domiciliárias quotidianas, a soro e antibióticos, conseguimos salvá-la. Era tão rápida nas movimentações, que hesitamos em chamar-lhe "flecha" ou "seta". Acabou sendo a Seta!Cinzenta e branca, com grandes olhos verdes.
    Inteligência, mau-humor, ódio a tudo o que é gato, sobretudo aos próprios filhos, capacidade de comunicação com os humanos, como se o fosse, são as suas características idiossincráticas.
    Tolera o Mandarim, seu 1º marido - nada mais.

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  6. A Seta sofria daquela espécie de "gripe dos gatoa de rua", que pode ou não ser inelutável. Ela escapou, com muito apoio humano e com muita coragem animal. O que ela espirrava e fungava! Informada de que a doença não era transmissível a pessoas, deixava-a dormir na minha cama, para horror da minha Mãe. Foi, na verdade um caso rápido de domesticação. Nasceu selvagem, brava e agressiva. Nunca esperei que me adoptasse tão depressa - ao fim de poucos dias. Dava-lhe de comer, abundantemente, e não tentava agarra-la. Falava com ela, e ela respondeu, quando achou oportuno. Levantou a cabeça e deu uma turrinha na minha mão. Percebi o sinal, peguei nela ao colo, trouxe-a para casa e deitei-a na sala, em cima

    de uma almofada. Ainda hoje, um lugar de descanso preferido. o Mandarim recebeu-a muito bem-

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  7. Enquanto ela era pequenina, o Mandarim tratava-a paternalmente. Até que passou a trata-la como "namorada", era ela, do nosso ponto de vista, ainda umaa criança. Comecei a chamar-lhe o gato pedófilo, mas a minha Mãe tomava o partido dele e ficava mesmo irritada com o insulto. Assim nasceu, sem problemas de maior, Willy-Willy, gato preto.Mãe descuidada, tivemos que partilhar com ela algumas das tarefas que lhe cabiam...

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