segunda-feira, 8 de outubro de 2012


18 15 de JUNHO DE 2012
LUSO ELEITOS
A intervenção de portugueses e luso descendentes na vida política além-fronteiras, tem vindo a aumentar e a adquirir uma importância cada vez mais relevante.
Nos dias 24 e 25 de Junho a sociedade portuguesa vai poder conhecê-los no I Encontro a realizar em Cascais, um evento organizado pelo jornal O Emigrante/
Mundo Português com o apoio da Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. Até lá, todas as semanas, nesta página, damos a conhecer eleitos
de origem portuguesa que podem ser um importante elo de união entre Portugal e os países onde residem e exercem os seus cargos políticos.
Neta de emigrantes oriundos da ilha de S. Miguel, Açores, Maria Teresa Paiva Weed foi eleita pela primeira vez para o Senado de Rhode Island em 1992. Em 2009 entrou para a história política de Rhode Island ao ser a primeira mulher a presidir ao Senado local. Já em 2004 tinha feito história ao ser a primeira mulher a liderar a maioria naquele organismo legislativo… Ana Grácio Pinto
MARIA TERESA PAIVA WEED é senadora nos Estados Unidos Luso descendente é a primeira mulher a presidir o Senado de Rhode Island Maria Teresa Paiva Weed integra há 20 anos o Senado de uma dos estados norte-americanos com maior presença de portugueses: Rhode Island. A
democrata representa o Distrito 13, que compreende as cidades de Newport e Jamestown,
a parte mais turística do estado.
A luso descendente foi eleita pelos seus pares, em Janeiro de 2009, para a função de Presidente do Senado de Rhode Island. Ao fazê-lo, tornou-se na primeira mulher na história de Rhode Island
a ocupar esse cargo, mas já anteriormente tinha feito história: nos cinco anos anteriores,
Teresa Paiva Weed serviu como líder da maioria naquele Senado.
 De 1997 até 2000, serviucomo presidente da Comissão do Poder Judiciário, tendo sido também a primeira mulher eleita para ocupar este cargo.
De 2000 a 2002, atuou como vice-presidente da Subcomissão das Finanças para a segurança pública e o ambiente e entre 2002 e 2004 foi Vice-presidente da Comissão de Finanças. Antes de sua eleição para o Senado, Teresa Paiva Weed foi presidente da Comissão de Habitação em
Newport. É membro do Comité do Partido Democrata da cidade de Newport desde 1988.
Licenciada em Direito, a senadora confessou que entrou na política por acreditar que “poderia fazer a diferença”.
“Adoro todo o que tenha a ver com governação”, recordou em novembro de 2011 a este jornal, à margem de um encontro de políticos de ascendência portuguesa que reuniu cerca de 80 participantes em National Harbor, Estados Unidos.
Sobre a sua ascendência, diz que “a comunidade portuguesa é parte do que sou”.
“A comunidade portuguesa de Newport teve um papel mais importante na formação daquilo que eu sou, do que propriamente na minha eleição para o Senado do estado. Frequentei a escola portuguesa e a paróquia portuguesa em Newport e ainda participo nas celebrações tradicionais
da minha paróquia portuguesa”, sublinhou.
A senadora refere que os portugueses no estado de Rhode Island compõem “uma comunidade vibrante” que na cidade de Newport, “é um pouco mais antiga do que no resto do estado”.
A ligação a essa comunidade levou-a a envolver-se na criação da Portuguese American Scholarship Foundation, que atribui bolsas de estudo a luso americanos, tendo contribuído no lançamento da
base jurídica da instituição. E não esconde o “orgulho” e ter a seu lado no Senado, representantes políticos de origem portuguesa como o senador Daniel da Ponte e o deputado Hélio Mello, “e em
posições de liderança”. “É também um orgulho vê-los atuar junto da comunidade portuguesa, que nos tem dado o seu apoio. É muito importante trabalharmos juntos, porque podemos promover-
-nos uns aos outros e apoiar mais à comunidade como um todo”, sublinhou

domingo, 16 de setembro de 2012

Sobre a importância da Educação das M- (Autores portugueses)

Luís António Verney (sec XVIII)

Pelo que fora a capacidade é loucura pensar que as M- tenham menos do que os H-
se as M- se aplicassem aos estudos como os H- então veríamos quem reinava...

Gertrudes Margarida de Jesus (1711-1793)
Apologética em favor  e defesa das M-

(em Verney e outros a educação vista como útil tanto à M- como à família - objectivo
exterior . como educadoras (exemplo das que viviam em conventos, estudiosas, eruditas Rousseau dizia mesmo q toda a educ da M- deve ter o H- como ponto de referência -  M- talhada para a obediência, natural modéstia...)

Antº Coimbra M
artins: "Os A. do se XVIII, em que se formou a celebrada Alcipe, discordam da opinião de d F M de melo, segundo o qual a m- só deve brilhar reflectindo as luzes do marido. Tinham a ideia de que a instrução criaria adeptos da nova ordem política."

Dom Antº da Costa
"Quereis a liberdade consubstanciada no sangue nacional? (...) Universalizai a instrução.A questão da instrução pública não é uma questão de partido, é uma questão nac é uma questão de vida ou de morte para o futuro da nossa terra"
/advoga generalização do ensino para todos  e prevê penalidades para o desrespeito da lei(1859)- não a levou a cabo no seu governo q durou 2 meses... A obrig ficou letra morta
segundo ele: Ensino primário obrigatório está recebido na Europa como um dogma.
Previa 2 graus - elementar e complementar


Herculano, Quental, Garrett atacam os Absolutistas e a falta de política de instrução
...Só a instrução dá ao H- a consciência dos seus direitos e pode derrubar governos opressivos
(segundo Ana Costa inst vista como "remédio milagroso"...)
Na mesma linha, Oliveira Martins: A ignorância geral é a consequência mais dolorosa q deixaram de si  3 sec de obscurantismo, q sucederam às descobertas"

Herculano: "Nós carecemos mais de illustrar o povo do que de fazer sábios"
Lebertação do povo da sua situação de ignorância.
para além da consciência dos seus ofícios, terem consciência dos seus direitos

Braancamp: Se Portugal se pode orgulhar dos seus sábios, o mesmo não acontece com o que o pode fazer progredir em outros aspectos da vida soc (atraso da ind, da agric do com e da admin)

Castilho. O saber não é prenda nem luxo, mas necessidade e condição primária e impreterível da civilização

Mouzinho da Silveira (1772-1946)
Sem luzes não há liberdade
(defende inst gratuita para todos, incluindo o sexo fem "cuja educ tem sido barbaramente abandonada". Defende escolas  primárias para os dois sexos em todas as freguesias.
Braancamp tenta, mas não consegue, pois cai o gov de Saldanha

Mas a M- é ignorada na maioria dos discursos...Os q são a favor, como Pombal, nada fazem...
Antes de 1815 não havia escolas no Reino  - ensino privado,  em asilos, inst beneficência
1813 - Assoc de Socorros Mútuos das mestras

1815 - 18 esc régias - D maraia






domingo, 2 de setembro de 2012

SAUDADES DE MARIA ARCHER

Para uma associação de estudos sobre as mulheres da emigração, como é a nossa, Maria Archer é certamente uma personalidade inspiradora, que convida à pesquisa, à reflexão e ao diálogo.
 Esta não é, devo dizer, a primeira das iniciativas em que ela ocupa um lugar central. Começamos por evocar Maria Archer no Encontro Mundial de Mulheres Portuguesas da Diáspora, em Novembro de 2011, justamente porque nesse congresso pretendemos partir da história da emigração no feminino, traçando, por um lado, as linhas de evolução de mais de um século de migrações portuguesas, com participação crescente de mulheres, e, por outro, dando-lhes visibilidade, não só mas também, numa área em que podemos considerar que têm estado, pelo menos,  tão presentes como os homens: o domínio da Cultura, do ensino da Língua, das Letras e das Artes.
Por ambos os caminhos, os da História e os da Cultura, encontramos Maria Archer.
Ela voltou, seguidamente,  ser figura de cartaz na comemoração do Dia Internacional da Mulher.  Uma "entrevista imaginária" com a grande escritora, protagonizada  por jovens das Escolas de Espinho, deu a esse evento  simples e didáctico um toque singular e comovente...
 E agora, aqui, em Lisboa, no Teatro Nacional da Trindade, contámos de novo, com a força do seu pensamento e ideais, na evocação tão bem  conseguida em sucessivas intervenções sobre a sua  vida e obra  -  num  espaço esplêndido, no salão nobre onde ela própria esteve vezes  sem conta -  com muitas pessoas que a conheceram bem, e com a presença e a palavra, tão honrosas para nós e tão prestigiantes para a sua memória, da Dr.ª Maria Barroso e do  Presidente Mário Soares, símbolos da luta vitoriosa pelo Portugal em liberdade, em democracia, que ela sonhou
Razões não nos faltam para  justificar o empenhamento cívico com que, assim, fazemos de Maria Archer uma companheira de jornadas sobre as temáticas de género, no universo das migrações.  Ela foi, de facto, uma grande Portuguesa da Diáspora. Sê-lo-ia, em qualquer caso, como intelectual, jornalista, romancista, mas foi - o, igualmente, como verdadeira precursora na pesquisa e divulgação de usos e costumes dos povos com os quais se viu em contacto. Primeiro em África, muito jovem, a acompanhar os Pais por terras do "Ultramar", depois, já sexagenária, no exílio brasileiro,  passou largos anos em cinco países da lusofonia, dispersos em  3 continentes, sempre atenta ao que acontecia em seu redor, com uma inteira compreensão das pessoas, dos ambientes, dos meios sociais, que  soube traduzir em dezenas de escritos de incomensurável valor literário e de enorme interesse etnológico, sociológico e político.... Seria motivo bastante para nos lançarmos na aventura de partir à descoberta desse legado multifacetado e vasto, que, num estado de quase hibernação, guarda  experiências e segredos de tantas gentes, vivências, situações...
  Mas há mais... Maria Archer é uma daquelas figuras do passado, que é intemporal, por saber captar as constantes da natureza humana - sem deixar de ser. também testemunha, memória crítica de um muito concreto tempo português, opressivo e cinzento, pautado por estreitos conceitos e por regras de jogo social e político, que desvenda e põe em causa, inteligentemente e sem contemplações. Ninguém, como ela, retrata o quotidiano desse Portugal estagnado e anacrónico, avesso a qualquer forma de progresso e de modernidade,  em que os mais fracos, os mais pobres não têm um horizonte de esperança, e as mulheres, em particular, são  dominadas pela força das leis, pelo cerco das mentalidades, pela censura dos costumes, depois de terem sido deformadas pela educação - tendo por pano de fundo as regras impostas para o relacionamento de sexos, a entronização rígida dos papéis de género dentro da famílias, e as consequentes desigualdades, distâncias e preconceitos sociais, o doloroso e longo impasse de uma sociedade fechada ao curso da História, que acontecia na Europa e por esse mundo fora.
Maria Archer vai dar vida às portuguesas suas contemporâneas, revelando-as tal como elas são, com um realismo, que é, sem dúvida, uma busca e uma evidência da verdade, doa a quem doer e para que se saiba... então e no futuro. 
 Nos seus "apontamentos de romancista" ( em "Eu e elas", escrevendo sobre si e sobre os outros, com um fino sentido de humor e toda a "joie de vivre" )) confidencia-nos : "O meu trabalho neste livro foi quase o de um artista plástico. Moldei a obra sobre o modelo vivo".
 Fica-nos a impressão de que não foi, para ela, experiência única - bem pelo contrário... 
A mais feminista das escritoras portuguesas, é, seguramente, no que podemos considerar a melhor "tradição nacional", uma "feminista muito feminina", que ousou ser um ícone de beleza, ter uma carreira no
jornalismo e  nas Letras, fazendo, em simultâneo, combate pela dignidade  e pela  afirmação das capacidades intelectuais e profissionais negadas à mulher comum..  Ousou fazer um nome no mundo fundamentalmente masculino da cultura portuguesa.  Ousou ser Maria Archer, sem pseudónimos...
Na verdade, por tudo isto, julgo que podemos dizer que ela é mais do nosso tempo do que do seu tempo - aliás, uma afirmação que se deve generalizar às mais notáveis feministas do princípio do século XX, que dão rosto à exposição da Câmara Municipal de Espinho, há pouco, inaugurada aqui, nas salas e corredores do Teatro da Trindade.
Maria era, então, demasiado jovem para poder participar nos movimentos revolucionários, em que estiveram envolvidas a Liga Republicana das Mulheres Portuguesas, o Conselho Nacional das Mulheres Portuguesas,
mas iria ser uma das poucas  que, no período de declínio desses movimentos (e de desaparecimento de uma geração incomparável), continuou, a seu jeito, solitariamente, uma luta incessante contra o obscurantismo, que condenava a metade feminina de Portugal à subserviência, ao enclausuramento doméstico e à incultura.
Foi uma inconformista, consciente das discriminações e das injustiças, em geral, e, em especial, das  que condicionavam o sexo feminino, numa sociedade  retrógrada e "fundamentalista", como se diria em linguagem actual. Uma regressão às doutrinas e práticas de um patriarcalismo ancestral imposta pelo próprio regime, contra o qual se revoltou, naturalmente...
A escrita, servida pela clarividência, pela capacidade de observação e de expressividade, foi  para ela uma arma de combate  político. Como dizia Artur Portela, "a sua pena parece por vezes uma metralhadora de fogo rasante".
É um combate em que a experiência de vida e a sensibilidade artística se fundem - norteadas por um declarado   propósito de valorização dos valores femininos, de libertação da mulher e, com ela, da sociedade como um todo.
É já uma Mulher livre num país ainda sem liberdade - coragem que lhe custou o preço de um  tão longo exílio ...
 Maria Archer é uma grande escritora (ou um grande escritor, como alguns preferem precisar, alargando o campo das comparações possíveis). E pode ser lida apenas como tal. Mas permite - nos também diversas outras leituras - para além da literária, a sociológica, a etnológica, a feminista...
 Ninguém,  como ela , escrutinou e caracterizou o pequeno mundo da sociedade portuguesa da primeira metade do século XX, os pobres e os ricos, as famílias decadentes ou ascendentes, aristocráticas, burguesas, "povo" . Mulheres e homens  imersos na nebulosa de preconceitos de género e de classe, de vaidades, de ambições, de
prepotências e temores... "Aurea mediocritas", brandos costumes implacáveis... o mundo de contradições  do Estado velho, que se auto-proclamava "Estado Novo".  
Gostaria de realçar a"leitura feminista". porque  ninguém conseguiu, como ela, soube corroer essa imagem da "fada do lar", laboriosamente construída sobre as ideias falsas da harmonia de desiguais (em que, noutro plano, se baseava a ideologia do regime  "corporativo"), da brandura de costumes -  assente, porém, no autoritarismo e subjugação  ao "pater familias" no pequeno mundo do lar, ou ao ditador paternalista no círculo alargado ao País inteiro.
 Maria Archer é uma retratista magistral da mulher e da sua circunstância... O rigor da narrativa, a densidade das personagens, a qualidade literária, só podiam agravar, aos olhos do regime, a força subversiva da  denúncia.
Os poderes constituídos não gostaram desses retratos de época, como não gostavam da Autora. Primeiro, tentaram desqualificá-la, desvalorizando-a. Sintomática a opinião de um homem do regime, Franco Nogueira, que em contra-corrente, num texto com laivos misóginos,  a apresenta como apenas uma mulher a falar de coisa ligeiras e
desinteressantes (por tal entendendo a realidade do destino das mulheres, coisa para ele tão sem importância....). Sintomático também que a crítica seja divulgada pela própria editora da romancista, a par de tantas outras, de sentido oposto. 
Não tendo conseguido os seus intentos, o Poder passou à acção: livros apreendidos, jornais onde trabalhava ameaçados de encerramento... Maria Archer viu-se forçada a partir para o Brasil - uma última aventura de expatriação, de onde só retornaria, doente e fragilizada, para morrer em Lisboa. Porém, o desterro não seria pena bastante. Teresa Horta, no prefácio da reedição de "Ela era apenas mulher" afirma que Maria Archer foi "deliberadamente apagada da História". Ser emigrante é já factor de esquecimento, regra geral inevitável, na memória da Pátria. Mas o seu caso foi mais grave, deliberado, doloso - ainda que, do nosso ponto de vista,  não definitivamente encerrado. É ainda bem possível combater esse acto persecutório, executado há décadas, restituindo à obra de Maria Archer o espaço que lhe é devido no mundo eterno da  cultura portuguesa!
Revisitar a Mulher de Letras, através dos seus escritos, tem, da nossa parte, este objectivo de desocultar o passado e lançar luz sobre a realidade insuficientemente analisada e realçada da sociedade portuguesa de 40 e 50.  E é também um momento mágico de deparar com Maria Archer, de percorrer com ela as páginas fulgurantes dos seus
livros, artigos, crónicas. A elegância do seu estilo tempera o cru realismo, o fundo pesado e dramático da narrativa e torna, afinal, sempre um prazer acompanhá - la nas incursões pelo universo bafiento e confinado em que se cruzaram e confrontaram as portuguesas e os portugueses durante meio século, no qual as personagens femininas raras vezes cumpriram as suas capacidades e os seus sonhos (mesmo que modestos). E no qual os enredos quase nunca têm um final feliz  - ou justo...
Elegância é uma palavra que quadra com Maria Archer, que a caracteriza na maneira como pensou, como escreveu, como se vestiu e apresentou em sociedade, como atravessou uma rua de Lisboa ou de São Paulo, como atravessou uma vida inteira, até ao fim...
Fim não será a palavra mais apropriada...  Estamos aqui justamente unidos pelo projecto de lhe assegurar uma segunda vida, absolutamente ao nosso alcance, porque "existir não é pensar, é ser lembrado", como dizia Pascoaes.
Esta não é o primeira nem será a nossa última reunião sobre ela, o seu exílio, o seu retorno... Talvez a próxima aconteça em São Paulo. Sobre o seu legado ou a sua pessoa  - qual deles o mais interessante? A pessoa é certamente tão fascinante como a escritora. E mais desconhecida. Mas só assim continuará por omissão nossa, porque ela está lá, eternamente jovem e vibrante, nas páginas que nos deixou impressas.
Dizia a Mariana desse romance eminentemente "feminista" que é  o "Bato às portas da vida": "Ando na saudade de mim, mesmo perdida no tempo".
E nós andamos na saudade de Maria Archer, perdida mas reencontrada no nosso tempo, que queremos seja o do  início do correr interminável do seu tempo futuro...

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Defesa de Espinho entrevista

 Em jovem uma das frases lapidares que me servia de lema era esta: "E mesmo que o mundo terminasse amanhã, eu continuaria a plantar as minhas árvores".
Trata-se aqui de um fim de mandato anunciado, que obedece ao mesmo lema -o trabalho é para cumprir, com o mesmo gosto, até ao último momento. Sairei em princípios de Julho, e, até lá, muitas coisas vão acontecer.

É uma decisão por razões pessoais, mas num sentido que não é aquele que os políticos costumam evocar em ocasiões semelhantes.
Não se trata de ir "gozar a vida" nem de trocar este lugar por outro qualquer - até porque é extremamente aliciante. E, para mim, os mandatos são para levar a bom termo - em mais de 30 anos de vida política, é a 1ª vez que deixo um a meio...
Por razões pessoais, no sentido de não estar habituada e de não me adaptar ao "sistema de governo", a nível local. Estive no governo do País durante cerca de 7 anos, em duas diferentes Secretarias de Estado e em cinco governos da República, sendo três deles de coligação. Habituei-me a ter o meu espaço de decisão, delimitado evidentemente, pela delegação de competências do Ministro. Dentro desse espaço, tomava as decisões como queria, ao meu ritmo, à minha maneira, com os meus colaboradores, que só de mim dependiam, com livre gestão dos meios humanos e patrimoniais ao meu dispôr, isto é, com as minhas prioridades. Não sei nem gosto de trabalhar de outra forma. Nas Câmaras, tudo se complica, multiplicam-se os centros de decisão, retirando à função muito conteúdo e autonomia: o pessoal é com um vereador, a comunicação social ou o orçamento é com outro... Impossível, por exemplo, o vereador da Cultura decidir o simples "design" de um cartaz para um evento organizado pelos seus serviços... Ou a transferência de um funcionário. Ou o cuidado dos terrenos circundantes de um qualquer dos edifícios emblemáticos da Cultura (veja-se caso do FACE, que, neste aspecto, é o mais esquecido...).
Isto não é para o meu feitio - eis a minha "razão pessoal" para sair.

`É uma pergunta difícil, para a qual eu própria não tenho resposta. Sabendo da resolução há muito tomada de abrir caminho à minha sucessora, acho que, poderão entre, outras motivações, ter querido mostrar que não há problemas de natureza pessoal entre nós, o que é verdade.
O diploma vem também assinado pelo Dr. Luís Montenegro, que eu considero um "velho" amigo e por quem tenho uma grande admiração. Mas, devo acrescentar que, embora seja um conhecimento recente e de tipo institucional, o relacionamento com o Dr Pinto Moreira e com os seus vereadores é excelente. (entendo-me, como disse, bem com as pessoas, mas mal com o "sistema".
Posso afirmar que não esperava a homenagem, mas, que de facto, teve um significado muito especial, por ser de Espinho.
Não escolhemos o lugar para nascer, mas podemos escolher o lugar para viver. Eu escolhi Espinho, muito embora também goste muito da minha terra de origem.
Antes de me radicar nesta cidade, em definitivo, há quase 40 anos, já Espinho era, desde sempre, o meu paraíso de férias, de mar, de cinema... de liberdade!
O tempo mais feliz em cada ano, desde o primeiro, aqui era passado!

Homenagens A título póstumo, às Doutoras Isabel de Sousa e Beatriz Matos Fernandes.

 O Museu, o Forum vão fazendo caminho e história cultural em Espinho. Mas é ainda apenas o modesto início da trajectória de vivências que se deseja...
Desde o verão de 2010, grandes artistas plásticos têm encontrado o seu público no Museu, nas Galerias agora chamadas Amadeu Souza Cardozo. Até então, por muito bons que fossem, ali ficavam na solidão de um magnífico espaço pouco frequentado pelos espinhenses. Temos assistido ao "cruzamento das artes" ali mesmo nas galerias, com boa acústica convidativa para concertos: os duetos com os violinos Domingos Capela, bandas, Jazz, a Camerata Novnorte, que se anuncia como mais um grupo "residente, depois da Banda de Espinho e do Teatro de Marionetes Mandrágora. Talvez, em breve, se concretize um outro interessante projecto, no domínio do jazz... A instalação de uma delegação do Museu Nacional da Imprensa, com uma vertente de imprensa regional e dos media da lusofonia e da emigração, depende apenas de questões orçamentais, para acontecer... E tem havido "workshops", cursos de fotografia, de pintura, concertos, debates, colóquios... Recentemente, a sessão comemorativa do 2º aniversário do Jornal "As Artes entre as Letras".
Umas coisas, ou umas pessoas, foram trazendo as outras. O espaço é tão bonito, que cativa e as ideias, as propostas surgem, assim, numerosas...
Para o 2º aniversário do FACE enchemos as salas ainda vazias e os átrios, com magníficas exposições temporárias. É um período transitório, em que as potencialidades estão à vista...
Mas acho que fazem muita falta as cafeterias, ainda nem sequer colocadas a concurso. A verdadeira vida do FACE, com os seus recantos de convívio e tertúlia, começará depois...

O Dr Carlos Gaio e as duas Senhoras, que já lembrei, como merecedoras da nossa gratidão! Perdas imensas para a vida cultural da cidade, para a própria Câmara, que, serviam, com diferentes estatatutos, mas igual mestria e dedicação.
A Drº Isabel, a drª Beatriz trabalhavam directamente comigo. Não imagina como , ainda hoje, sinto a falta delas em cada nova reunião de trabalho, à volta de uma mesa redonda - que era sempre como preparavamos os planos a desenvolver (de facto e não só simbolicamente). Eram amigas, como continuam a ser a Drª Idalina ou o Dr Bouçon. É um espanto haver na administração local gente de tanta qualidade!
No pelouro da cultura, são muito poucos, mas muito bons!


 O público acorreu ao Largo da Câmara: um verdadeiro "mar de gente"! E a qualidade das Estátuas, nomeadamente das vencedoras, justifica a fama que Espinho se arroga de ter o 2º melhor festival do mundo.
Para darmos o salto qualitativo e alcançarmos a internacionalização do festival, ultrapassando tudo e todos, é preciso investir em convites para a participação dos estrangeiros mais premiados. E os nossos, também é necessário levá-los lá fora. Es Espinho, muitos oriundos do teatro ou do bailado, abundam talentos!

 Um dos meus objectivos, no início de funções, era, para além de fazer coisas inéditas, continuar, prestigiar, desenvolver os grandes eventos que marcavam já o calendário cultural em Espinho. Julgo que isso foi conseguido. Aí estão, capazes de se renovar e de crescer, ainda à espera do que falta, que é ganhar nome e dimensão fora das fronteiras da cidade...
O mais incrível é que seja uma equipa de apenas 4 pessoas (a Drª Idalina Sousa e três colaboradoras) a organizar todos estes festivais - marionetas, "Tucá, tu lá", Estátuas vivas, Body painting (pela 1ª vez!), "Vir a Banhos", Cinanima (em parceria), para além de muitas outras acções, que seria longo enumerar.
E no Museu, no Arquivo, a situação não difere muito... Na Biblioteca José Marmelo e Silva, veja-se, por exemplo, o esforço colectivo posto na transferência do espólio das velhas para as novas instalações... No que deste serviço dependeu, para a abertura da nova sede, não foi preciso mais de um mês...
Poucos, mas fantásticos!

 É verdade que a minha vida tem sido uma correria pelo mundo, sem pausa para descanso... A última é mais uma acção de divulgação da exposição "Rostos da República" - no feminino - acompanhada de uma conferência sobra o feminismo português na 1ª República.
Aquela exposição e o seu catálogo em duas línguas, são notáveis realizações da "equipa do Museu", que seria pena deixar fechada numa arrecadação... Tenho procurado a sua divulgação, dentro e fora do país. A componente dos rostos femininos já foi apresentada no Museu Martins Sarmento em Guimarães, no INATEL do Porto, seguindo em breve para o Município de Arcos de Val de Vez.
Uma outra série de paineis(de perfis de homens e mulheres) está em circulação em França: da cidade geminada de Brunoy (maison des Arts), transitou para o Palácio da Cultura de Puteaux, para a sede da CGD nos campos Elísios, encontrando-se, agora, na delegação da CGD junto à Opera de Paris. É, também, para além dos seus fins didácticos, um cartaz turístico e cultural de Espinho, pois no estrangeiro, juntamos-lhes, naturalmente, cartazes com informação sobre a cidade.

mulheres e media N Bedford

Maria Manuela Aguiar disse...
Sobre as Mulheres Migrantes e a Media, realizou-se, a 18 de Fevereiro, em New Bedford, um seminario organizado pela Consul de Portugal, Dra Fernanda Coelho e pela Dra Gloria Sa da Universidade de Massachussets.
Um sucesso!
Participamos o Dr. Antonio Pacheco e eu, respectivamente, da Fundacao Pro Dignitate e da Associacao Mulher Migrante.
Vamos, em brev e, dar noticia do debate, e da sua relevancia para a discussao do tema no proximo Encontro de Espinho.
21 DE FEVEREIRO DE 2009 15:06

Maria Manuela Aguiar disse...
Sobre o programa do seminario de New Bedford, uma proposta das instituiçoes referidas, patrocinada pela SECP, e organizada pela Prof. Gloria de Sa (UMD Ferreira-Mendes Portuguese-American Archives e pelo Prof. Franck F. Sousa (UDM Center for Portuguese Studies and Culture) e por Gina Reis, do mesmo Centro de Estudos, na qualidade de "associate coordinator".
"Sponsors":
O consulado de Portugal, o Centro de Estudo Portugueses, Os Arquivos Luso Americanos Ferreira- Mendes, e o Programa de Estudos sobre as Mulheres ("The Women Studies Program").
A abertura foi feita por Franck Sousa, pela Consul de Portugal e por Gloria de Sa.
Falei sobre "A imagem da Mulher na Media", e o Dr. Antonio Pacheco sobre "A Media e os problemas da comunidade: o ponto de vista da media em Portugal e as comunidades de imigrantes portugueses".
A breves introduçoes aos temas seguiram-se horas de debate, muito participado - o que, na minha experiencia destas coisas, poucas vezes vi acontecer...
Durante a pausa para almoço, tivemos connosco a Reitora desta Universidade ( pela primeira vez, na sua historia, uma Mulher).
Visitamos, de seguida, o espaço dos "Arquivos Ferreira-Mendes" - tao recentes que ainda nem foram inaugurados oficialmente!
Uma grande obra, de uma enorme importancia para a nossa comunidade, para o seu conhecimento e reconhecimento.

Estou ainda nos EUA e, por isso, escrevo sem acentos, que nao encontro no teclado americano... Sorry!
21 DE FEVEREIRO DE 2009 15:58

Maria Manuela Aguiar disse...
Muito interesante uma intervençao da Consul Dra. Fernanda Coelho, a salientar uma certa "cultura europeia de trabalho feminino", que as Portuguesas trouxeram para esta area de Massachussets, dando as americanas um exemplo de compatibilizaçao entre a profissao e a maternidade - altura para eu lembrar a vontade expressa pelo legislador nacional, em diplomas recentes, de encorajar, tambem, os homens a assumirem a "paternidade", nomeadamente, atraves de licenças para se ocuparem dos filhos recem-nascidos.
De resto, a nossa Consul, ela mesma, da um exemplo a seguir, na forma como se relaciona com a comunidade.
Parece-me que nunca tinha ouvido uma diplomata dizer que se "sente emigrante"!
Isso aconteceu durante uma entrevista de radio, que demos, "a tres", no dia seguinte ao do seminario (a Dra. Fernanda, o Antonio Pacheco e eu).
Nesse dia, visitamos, igualmente, o jornal "Portuguese Times". Trata-se de um dos melhores periodicos da nossa diaspora, e a visita permitiu-me rever bons amigos, de muitos anos.
Vim a ler a ultima ediçao, na viagem de comboio, no "Acela Express" para Newark. Excelente e duravel leitura, com alguns textos de nomes celebres, como Mayonne Dias e Onesimo.
Na coluna do leitor, artigos bem construidos sobre uma questao que, pelo visto, apaixona os emigrantes: a forma de voto, presencial ou por correspondencia. E pendendo, a cem por cento para esta ultima...
Porem, sobre a vida e realizaçoes das mulheres, nao encontramos nada de especial - como, em regra, acontece com a imprensa portuguesa, em geral, dentro e fora de fronteiras.
Essa tinha sido uma das observaçoes feitas no seminario da Universidade de Dartmouth - Massachussets.
Assim parece ser, apesar de, como ai concluimos, serem muitas e cada vez mais as mulheres presentes nos meios de comunicaçao, em diversas qualidades, directoras, redactoras, articulistas, etc.,etc...
21 DE FEVEREIRO DE 2009 16:42

Maria Manuela Aguiar disse...
Esta iniciativa, que esteve ameaçada, e so veio a realizar-se, graças a prontidao de resposta e empenhamento da nossa consul e a extraordinaria capacidade de organizaçao dos professores portugueses de Dartmouth, vai possivelmente, revelar-se como uma das mais fecundas, de todas aquelas em que temos estado envolvidos, a partir dos "Encontros para a Cidadania".
O tema dos estudos sobre a mulher portuguesa na emigracao tem sido pouco cuidado, pelas nossas autoridades, assim como pelas proprias comunidades. E ha, sobretudo em paises como os EUA, um enorme interesse pela materia, que contrasta com a subvalorizaçao que continua a sofrer em Portugal. Em Dartmouth, fomos, de imediato, convidados a voltar, com novas iniciativas!
E falou-se tambem muito de investigaçao no dominio das historias de vida ' outro dos grandes temas do nosso

CV

MARIA MANUELA AGUIAR DIAS MOREIRA
E-mail:mariamanuelaaguiar@gmail.com

Formação académica:
É licenciada em Direito pela Universidade de Coimbra. Pós-graduação em Direito (“Diplôme Supérieur d' Études et de Recherche en Droit”) pela Faculdade de Direito e Ciências Económicas do Instituto Católico de Paris.
Foi bolseira da Fundação Gulbenkian, em Paris, e das Nações Unidas, da OCDE, e da OIT em estágios realizados em vários países da Europa. (entre 1968/1976)
Actividade Profissional:
Advogada (1967/1972); Assistente do "Centro de Estudos" do Ministério das Corporações e Segurança Social - Direito do Trabalho (1967-1974); Assistente da Faculdade de Ciências Humanas da Universidade Católica de Lisboa - Sociologia - (1971/72); Assistente da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra - Direito Civil, regeu o curso de "Introdução ao Estudo do Direito", deu aulas práticas de "Teoria Geral do Direito" (1974/1976); Docente da Universidade Aberta, Mestrado de Relações Interculturais, regeu a cadeira de "Políticas e Estratégias para as Comunidades Portuguesa" (1992/1995); Assessor do Provedor de Justiça (1976/2002)

Actividade Política:
Secretária de Estado do Trabalho (1978/1979); Secretária de Estado da Emigração e das Comunidades Portuguesas (1980); Idem (1981); Deputada eleita pelo Círculo de Emigração Fora da Europa (1980/1985, em efectividade de funções entre Agosto de 1981 e Junho de 1983); Secretária de Estado da Emigração (1983/1985); Deputada Eleita pelo Círculo da Europa (1985/1987); Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas (1985/1987); Deputada eleita pelo Círculo do Porto (1987/1991); Vice-presidente da Assembleia da República (1987/1991); Presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República (por inerência); Presidente da Comissão Parlamentar da Condição Feminina (1987/1989); Deputada eleita pelo Círculo de Aveiro (1991/1995); Representante de Portugal na Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (APCE) e na Assembleia da UEO (1992/2005); Presidente da Subcomissão das Migrações da APCE (1994/1995); Presidente da Comissão das Migrações, Refugiados e Demografia da APCE (1995/1997); Vice- Presidente do Grupo Liberal e reformista na Assembleia do Conselho da Europa; Deputada eleita pelo Círculo de Emigração Fora da Europa (995/1999;1999/2002: 2002/2005); Presidente da Delegação Portuguesa à APCE e UEO (2002/2005); Vice -Presidente da Assembleia da UEO; Vice-Presidente do PPE na APCE; Presidente da Subcomissão para a Igualdade (APCE);
Membro do "Gabinete sombra" de José Manuel Durão Barroso (pelouro das Comunidades Portuguesas).
Membro honorário da Assembleia da UEO e da APCE.
Em 1980, presidiu à Delegação Portuguesa à Meia Década das Nações Unidas para a Igualdade da Mulher (Copenhaga).
Em 1985, presidiu â Delegação Portuguesa e foi eleita Vice-Presidente da 2ª Conferência de Ministro do Conselho da Europa para as Migrações (Roma).
Em 1984, presidiu à Delegação Portuguesa à 1ª reunião de Ministros do Conselho da Europa para a Igualdade de Mulheres e Homens (Estrasburgo).
Em 1987, presidiu à Delegação Portuguesa e foi eleita presidente da 3ª Conferência de Ministros do Conselho da Europa para as Migrações (Porto).
Entre 1987 e 1991, foi a primeira mulher a presidir aos plenários da Assembleia da República e a chefiar delegações parlamentares, a primeira das quais se dirigiu ao Japão.
Legislação e instituições cuja criação ou reforma impulsionou:
Comissão para a Igualdade no Trabalho e Empresa (CITE), 1979; Instituto de Apoio à Emigração e Comunidades Portuguesas (IAECP), 1980; Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), 1980; Lei da Nacionalidade, 1981; Centro de Estudo do IAECP e "Fundo Documental e Iconográfico das Comunidades Portuguesas" (1984); "Regionalização" do CCP (1984); Comissão Interministerial para as Comunidades Portuguesas (1987). Estatuto de Igualdade de Direitos e Deveres entre Portugueses e Brasileiros (reciprocidade), 1989-2001; Lei da Nacionalidade (recuperação automática), 2004; Direito de voto generalizado nas eleições para o Parlamento Europeu (fora do espaço da UE), 2004.

Participação Associativa
Fundadora e Presidente da Assembleia Geral da Associação "Mulher Migrante". Fundadora e Membro do Conselho de Curadores da Fundação Luso-Brasileira. Fundadora e Membro do Instituto Francisco Sá Carneiro; Membro do Conselho de Delegações e Filiais do FCP.
Membro honorário da Assembleia da União da Europa Ocidental e da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa.

Publicações
Política para a Emigração e as Comunidades Portuguesas (1986); Portugal - País das Migrações sem Fim (1999); Círculo de Emigração (2002); Igualdade de Direitos entre Portugueses e Brasileiros – A questão da Reciprocidade (2005); Comunidades Portuguesas - Os Direitos e os Afectos (2005); Migrações - Iniciativas para a Igualdade de Género (2007) coord. Problemas Sociais da Nova Emigração (2009) coord; Cidadãs da Diáspora– Encontro em Espinho (2009) coord
Relatórios apresentados nas Assembleias do Conselho da Europa e UEO (cuja colectânea aguarda publicação) e numerosos artigos publicados em revistas da especialidade sobre Direitos Humanos, Igualdade de Direitos, Direito do Trabalho, Migrações. Colaboração regular em jornais nesses e outros domínios - feminismo, desporto, política, defesa e relações internacionais.
Condecorações
Nacional: Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique
Estrangeiras - Grã Cruz: Ordem do Cruzeiro do Sul, Ordem do Rio Branco (Brasil); Ordem do Império Britânico (Honorary Dame); Ordem de Mérito (Itália); Ordem de Mérito (Alemanha); Ordem de Mérito (Luxemburgo); Ordem de Leopoldo II (Bélgica); Ordem Fénix (Grécia); Ordem Francisco Miranda (Venezuela);
Grande Oficial: Ordem de Mérito (França); Ordem da Estrela Polar (Suécia), entre outras.

EDMUNDO MACEDO sobre MMA

Date of addition: 2011-07-01 02:43
Comment author: Edmundo Macedo
Author E-mail: edmacedo@aol.com
Comment text: Conheci a Ilustre Secretária de Estado da Emigração, Dra. Manuela Aguiar, em 1980, quando veio ao Sul da Califórnia visitar as Comunidades Portuguesas e Luso-Americanas.
Ao recordá-la, jamais esquecerei o passo acelerado, a dinâmica contagiante, a presença amiga, o sorriso franco, a vontade de melhorar, o interesse em modernizar.
Os nossos imigrantes jamais esquecerão a Secretária de Estado Dra. Manuela Aguiar.
E eu jamais esquecerei a Dra. Manuela Aguiar. Que tinha Uma Consciência!
Que exsudava Uma Alma!
Que em representação do nosso País me ensinou que uma Nação sem Consciência é uma Nação sem Alma!
Edmundo Macedo