sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

sobre a Bienal"Mulheres d'Artes


A 1ª Bienal Mulheres d'Artes foi uma ideia original, logo levada à pratica numa iniciativa inédita em Portugal, e de que não se conhecia precedente em qualquer  outro País. Não se quis organizar apenas uma grande exposição colectiva de Mulheres, que se reuniam em Espinho, num tempo datado: a intenção foi, desde o início, a de a projectar nos horizontes do  futuro, a de a convocar repetidamente, animada pelo mesmo espírito e propósito, que é, antes do mais, o de testemunhar capacidade de criação artística e de inovação no feminino
Uma Bienal é sempre um desafio de resistência ao efémero, ao ocasional, como o exige a etimologia da palavra, a sua lógica diacrónica, a sua vontade de institucionalização - ou seja, de ganhar vida própria, num percurso longo, a fazer história das Artes.
Em boa verdade,uma 1ª Bienal é uma declaração de intenções - para ser mais do que isso, exige a seguinte, ou as seguintes, só elas lhe dão a certeza de existência, lhe acrescentam corpo à alma...
O sucesso da colectiva de 2011 ficou, assim, à espera do sucesso  da de 2013, que aparece desde já assegurado num crescendo de adesões, na sua internacionalização, na atracção de novas presenças da nossa Diáspora.
Uma aventura de descoberta ou de confirmação de talentos  e de novos caminhos para as Artes no feminino. E, também, da procura de novas respostas para questões que a 1ª Bienal viera colocar em agenda;
Porquê só Mulheres?
Talvez pela mesma razão que levou, nos anos 40, Maria Lamas a organizar uma grande mostra mundial de livros escritos por mulheres...Para recentrar a História na Humanidade toda e não apenas numa metade, que em todos os dominios e, também no das Letra e das Artes, tem marginalizado o outro, ainda que mais no passado do que no presente
Ou, simplesmente, porque é sempre interessante mostrar as expressões artisticas de quem aceita a ideia de o fazer num determinado contexto, , de sintonias de género ou de geração ou de correntes, ou de de regiões, países, cidades...
No 40ª ano de elevação a cidade, a Bienal parece poder tornar Espinho na cidade das artes, das mulheres, das mulheres d' artes...

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