sexta-feira, 3 de setembro de 2010

A Pintura de Mestre António Joaquim

EXPOSIÇÃO DE PINTURA DE ANTÓNIO JOAQUIM

Esta exposição nasceu de um encontro ocasional numa outra mostra de pintura, da conversa que tive com Mestre António Joaquim, de um convite que, logo, espontânea e informalmente, lhe dirigi, em nome da Câmara Municipal, para aqui apresentar obra sua.
A inauguração do amplo espaço das duas galerias geminadas do Museu Municipal, a funcionar como um todo, estava ainda em projecto e exigia a colecção de um grande Artista, para marcar os anais do museu e da vida cultural nesta cidade. Avaliando as dificuldades da sua execução, não o achava, todavia, possível a breve prazo. Só o foi, graças à resposta pronta e calorosa do pintor António Joaquim, que tem a nossa terra, vizinha da sua, no coração. Não há palavras que bastem para lhe exprimir a nossa gratidão. Por todas as que ficam por dizer, mas não por sentir, um simples “Bem-haja”!
Temos, assim, a certeza de participar num acontecimento que irá “fazer história”, mas, antes, é hora de “fazer presente”: de olhar estas paredes longas, transfiguradas num deslumbrante mural de obras-primas, de guardar imagens, sensações, a vivência de momentos singulares, para sempre, na memória.
São dezenas de telas, reunidas numa sequência que lhes concede um destino próprio, neste espaço e neste tempo particulares, onde parecem existir só para nós.
Através delas acompanhamos o percurso de uma carreira fulgurante e multifacetada, exemplo de concretização do talento em acto, em mensagens de luz, de cor e de emoção - no desenho, na aguarela, no óleo, no acrílico, no pastel. Retratos, figuras, as famosas portas, paisagens… O Porto, envolto em bruma… O Castelo da Feira na lonjura, imperecível, por sobre as efémeras mas sublimes claridades do Outono … Espinho, o mar e a sua gente, perpetuados em linguagem pictural, na faina que Unamuno eternizou na escrita…
Na cadência de uma “viagem de descoberta” em que vemos e revemos, todas e cada uma das telas, nos sentimos destinatários e como que, de algum modo, participantes no esplêndido trabalho da sua criação, experimentando sensações novas ,reinventado sentidos para a beleza pura das imagens ou a sua significação.
Maria Manuela Aguiar
Vereadora da Cultura




Mestre António Joaquim quis dar a Espinho nesta grande exposição a essência de um trajecto artístico, que se exprime com tanta talento e versatilidade, em todos estes óleos, acrílicos, nas aguarelas, como no pastel. Em cada uma das telas que nos encantam nestas longas galerias do Museu de Espinho estão inteiros o seu génio e a sua alma.
Os mais recentes quadros, dois óleos deslumbrantes de Espinho - 2010, deixam antever o muito que do Mestre podemos ainda esperar, em modernidade, em força expressiva. Por suas mãos, muitas obrsa prodigiosas estão à espera de acontecer.

Bem-haja!

4 comentários:

  1. Vejo a esposição quase quotidianamente e em cada dia descubro coisas novas.
    As galerias do museu são espectaculares e as telas ainda mais.
    Saber que dentro em breve este happening desaparece e fica apenas na memória é mais uma razão para voltar.
    Do meu gabinete à entrada lateral de uma das galerias vai apenas um corredor comprido...

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  2. Hoje a Docas e a Xana estivemos lá, em conjunto, e encontramos o Mestre António Joaquim, muito comunicativo, muito simpático, como de costume.
    É um fenómeno de energia, de alegria de viver.
    Tem sempre uma boa história para contar. Da sua infância, da juventude, do presente.
    Dos 15 kms. a pé que fez no fim de semana, em lugares de memórias antigas!

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  3. De facto, as primas vão lá tantas vezes que, quando apareço sózinha, o Mestre se admira e me pergunta por elas!

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