quarta-feira, 30 de março de 2022

MARIA ARCHER colóquios 2022 CV's

A 23 de janeiro de 2022 completaram-se quarenta anos sobre a morte de Maria Archer. Uma data comemorada, no Porto, pelo Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer, com uma programação de atividades focada nas múltiplas facetas da sua vastíssima obra e na sua vida, repartida no espaço da lusofonia, num constante cirandar entre realidades culturais de que se tornaria intérprete e mensageira privilegiada. EXPOSIÇÃO DE HOMENAGEM A MARIA ARCHER/CICLO DE COLÓQUIOS "MARIA ARCHER, EU E ELAS - MULHERES QUE MUDARAM O MUNDO DOS HOMENS Galeria da Biodiversidade - Ciência Viva, UP de 22 de janeiro a 31 de março de 2022 22 de janeiro Sessão de abertura da comemorações Saudação da Drª Maria Manuela Aguiar e uma conferência da Profª DEOLINDA ADÃO (Universidade da Califórnia, Berkeley) sobre “Sussurros de vozes no silêncio – o caso de Maria Archer”. Debate moderado pela Drª Nassalete Miranda Inauguração de uma Exposição de pintura comissariada por Ester de Sousa e Sá, em que 11 artistas plásticos (Aquilino Ribeiro, Balbina Mendes, Claudia Costa, Constância Néry, Do Carmo Vieira, Elizabeth Leite, Ester de Sousa e Sá, Gabriela Carrascalão, Mafalda Rocha, Maria André, Norberto de Abreu e Sílvia Vale) foram convidados a falar da sua relação com Maria Archer, tal como a expressam nas telas. 2 de fevereiro 1º Colóquio Profª GRAÇA GUEDES, primeira mulher doutorada em Ciências do Desporto e professora catedrática neste domínio, apresentada pela Profª Mafalda Roriz, uma das suas antigas doutorandas. 16 de fevereiro 2º Colóquio Drª Nassalete Miranda sobre AGUSTINA BESSA LUÍS. A grande escritora na sua veste de primeira mulher em Portugal a dirigir um grande jornal diário (O Primeiro de Janeiro) 22 DE fevereiro COLÓQUIO INTERNACIONAL "MARIA ARCHER E OUTRAS MULHERES DE REFERÊNCIA E DE (IR)REVERÊNCIA Organizada pelo Instituto de Literartura Comparada Margarida Losa (FLUP) e do Círculo de Culturas Lusófonas Maria Archer Participação exclusivamente online O Colóquio reuniu investigadores portugueses e estrangeiros dedicados ao estudo da obra de mulheres portuguesas que se destacaram no panorama das Letras e Artes e nos movimentos proto feministas e feministas, de finais do século XVIII aos nossos dias. Com o título, "Maria Archer e outras Mulheres de Referência e (Ir) reverência", se pretendeu sublinhar o que, para além da diversidade de épocas, lugares e contextos sócio-culturais, todas têm em comum o talento, a lucidez, o inconformismo. Programa - Conferencistas MESA 1 | 10h30 -12h30 Moderação: Rosa Simas • MARIA LUISA MALATO (FLUP - ILC), “Catarina de Lencastre e o tema da guerra no limiar do século XIX” Maria Luísa Malato é Professora Associada, com Agregação, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Com vários estudos sobre Utopia, Teatro e Retórica, a sua investigação debruça-se essencialmente sobre a literatura dos séculos XVIII e XIX. Tem Mestrado (1988, pela Universidade de Coimbra) Doutoramento e Agregação (1999 e 2007, pela Universidade do Porto) em Literatura Comparada e Estudos Românicos. Numa perspetiva comparatística, os seus trabalhos visam comprovar a necessidade de uma prática que alargue o corpus de análise às relações que a Literatura estabelece com a Filosofia, os textos impressos com os textos manuscritos, os autores canónicos com os "menores". Membro ativo do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e colaboradora do Instituto de Filosofia (UP) e Centro de Estudos de Teatro (UL), unidades financiadas pela FCT. Vice-Presidente da Associação Portuguesa de Literatura Comparada (2013- 2018). Co-editora da Revista online de Filosofia e Literatura Pontes de Vista. • CLAÚDIA PAZOS-ALONSO (Univ. Oxford - ILC), “Onde se lê ‘feminismo pioneiro’... leia-se Francisca Wood” Cláudia Pazos-Alonso é professora de Estudos Portugueses e de Gênero, na Universidade de Oxford e na Fellow of Wadham College. Os seus interesses de pesquisa variam amplamente em literatura lusófona dos séculos XIX e XX. Atualmente é co-diretora de mestrado em Estudos da Mulher em Oxford e vice-presidente da Associação Internacional de Lusitanos. As principais publicações de livros incluem “Antigone Daughters? Gênero, Genealogia e Política de Autoria na Escrita de Mulheres Portuguesas do século XX” (2011, com Hilary Owen), “Imagens do Eu na Poesia de Florbela Espanca” (1997) e volumes co-editados, como “Reading Literature in Portuguese“, “Um Companheiro para a Literatura Portuguesa” (2009) e “Mais Perto do Coração Selvagem. Ensaios sobre Clarice Lispector” (2002). Juntamente com Fábio Mário da Silva, é responsável pelas recentes edições de Florbela Espanca (Estampa) e Judith Teixeira (Dom Quixote). Cláudia Pazos-Alonso acaba de publicar em Portugal o livro Anticlericalismo e feminismo na imprensa oitocentista. Os artigos de fundo de Francisca de Assis Martins Wood (2021, Edições Afrontamento). • M. LUÍSA TABORDA (FLUP - ILC), “Ana Plácido e uma cela só para si” Maria Luísa Taborda Santiago, licenciada em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, mestre e doutoranda em Estudos Literários Culturais e Interartísticos pela Universidade do Porto. Atualmente é colaboradora de um projeto de pesquisa Luso-Brasileiro que pretende publicar as obras completas da escritora portuguesa oitocentista Ana Plácido, objeto de estudo da sua tese de doutoramento. Trabalha com literatura brasileira e portuguesa e interessa-se particularmente pela escrita de autoria feminina, questões de género e poéticas e políticas do corpo. • ANA COSTA LOPES (Univ. Católica-CEPCEP), “Elisa Curado: uma progressista em tempos de cólera” Ana Costa-Lopes, Doutorada em Língua e Cultura Portuguesa pela Universidade Católica Portuguesa com Imagens da Mulher na Imprensa Feminina de Oitocentos, Tese publicada pela Quimera, Lisboa (2005) e Mestre em Estudos Luso-Asiáticos com a Tese Confluências e divergências culturais nas tradições contísticas portuguesa e chinesa, publicada pelas Universidades de Macau (2000) e Católica de Lisboa (2000). Investigadora do CECC e CEPCEP (Universidade Católica). Colaboradora do CLEPUL, Universidade de Lisboa com uma biografia sobre Elisa Curado (1858-1933) e, também, como Conselheira Científica (Portugal) da publicação das «Senhoras do Almanaque» do Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro. Autora de livros e artigos e de comunicações em congressos sobre a imprensa periódica feminina e história das mulheres; literatura tradicional; associações femininas. MESA 2 | 14h30 - 16h00 Moderação: Maria de Lurdes Sampaio ~• ANA PAULA FERREIRA (Univ. Minnesota) - “Discurso imperialista e posicionamento anti-colonial: Maria Archer (1935-1963)” Ana Paula Ferreira é Professora Titular de Estudos Portugueses na Universidade de Minnesota. Fez o doutoramento na New York University, sendo colega de Margarida Losa. A sua investigação tem-se centrado na ficção portuguesa contemporânea, com ênfase no neorealismo, em mulheres escritoras e feminismos, raça e colonialismo tardio, bem como seus efeitos e restos pós-coloniais. Entre as suas publicações em livro, A urgência de contar: contos de mulheres, anos 40 (2002), trouxe `a luz muitas das escritoras esquecidas do período do Estado Novo, entre elas Maria Archer. Desde meados da década de 1990 tem publicado estudos parciais dos romances de Lídia Jorge, editando o volume, Para um leitor ignorado: Ensaios sobre o O Vale da Paixão e outras ficções de Lídia Jorge (2009). Editou ainda, com Margarida Calafate Ribeiro, Fantasmas e fantasias imperiais no imaginário português contemporâneo (2003); e com Ana Luísa Amaral e Marilena Freitas, New Portuguese Letters to the World: International Reception (2015). O seu último livro, Women Writing Portuguese Colonialism in Africa (2020), traça a história da agência que várias mulheres escritoras tiveram para a produção simbólica e não só do colonialismo português na África, desde finais do século XIX `a segunda década do século XXI. • ANA PAULA COUTINHO (FLUP - ILC), “Maria Archer: deslocação e (in) conveniência” Ana Paula Coutinho é Professora Associada com Agregação do Departamento de Estudos Portugueses e Românicos da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde tem lecionado sobretudo nas áreas da Literatura Comparada e dos Estudos Franceses. Doutorada em Literatura Comparada (1998) e com Agregação em Literaturas e Culturas Românicas (2010), sempre se dedicou à literatura contemporânea numa perspectiva comparatista, tendo nos últimos anos desenvolvido particular investigação no domínio das interculturalidades e das representações literárias e artísticas das migrações e do exílio. Foi Coordenadora Científica do Instituto de Literatura Comparada de Abril de 2015 até Janeiro de 2022. Coordena igualmente a base digital Ulyssei@s. Membro colaborador do CRIMIC (Université Paris IV), colabora ainda com o Programa Non-Lieux de l’Exil (Collège d’Études Mondiales – FMSH). É vice-presidente da Alliance Française do Porto. Dos livros publicados ou editados, destacam-se António Ramos Rosa. Mediação Crítica e Criação Poética (Quasi Edições, 2003. Prémio Ensaio Pen-Club); Lentes Bifocais – Representações literárias da Diáspora Portuguesa (Afrontamento, 2009), Passages et Naufrages migrants. Les fictions du détroit (com Maria de Fátima Outeirinho e José Domingues de Almeida), Paris, Harmattan, 2012; Nos & leurs Afriques. Images identitaires et regards croisés Constructions littéraires fictionnelles des identités africaines cinquante ans après les décolonisations (com Maria de Fátima Outeirinho e José Domingues de Almeida) Frankfurt, Berlin, Peter Lang, 2013. ELISABETH BATTISTA (UNAMAT) Da dominação à resistência: percurso de Maria Archer Elisabeth Battista é docente no Programa de Pós-graduação, Mestrado e Doutorado em Estudos Literários - PPGEL, da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT. Autora dos livros: MARIA ARCHER - O legado de uma escritora viajante, Editora Colibri, Lisboa, 2015; Sem o direito fundamental de voltar para casa? Maria Archer? Uma jornalista portuguesa no exílio, Editora Espaço Acadêmico, Goiãnia, 2019. Cultura e Literatura de Mato Grosso (organizado em parceria com Elizete Dall-Comune Hunhoff), Editora Espaço Acadêmico, Goiânia, GO, 2020; A Experiência Literária: Ensino e Leituras (organizado em parceria com Dagoberto Rosa de Jesus), Editora Espaço Acadêmico, Goiânia? GO, 2020. Possui quatro livros orgs; 40 capítulos de livros, 19 artigos publicados em periódicos; Pós-Doutorado na Universidade de Lisboa (2011-2012), e Pós-doutorado sênior pela Universidade de Aveiro (2018), no Centro de Línguas e Culturas. Integrou a Equipe do Programa Novos Talentos, CAPES/UNEMAT, Subprojeto: LINGUAGEM E TECNOLOGIARESSIGNIFICANDO A RELAÇÃO UNIVERSIDADE/ESCOLA; Fundadora do Centro de Pesquisa em Literatura - CEPLIT/UNEMAT (2007-2010); Diretora da UNEMAT Editora (2011); Editora da Revista ATHENA - periódico de alunos de Pós-graduação (atual); Editora da Revista de Estudos Acadêmicos do Curso de Letras (2002); Membro do Conselho Universitário - CONSUNI/UNEMAT (2011-2013); Membro do Conselho Regional por dois mandatos (2013- 2016); Presidiu o Conselho da Faculdade de Educação e Linguagem (2015-2018); Coordenadora da Pesquisa em Grupo: No Centro Oeste da margem: Cem Anos de relações entre Cultura e Literatura em Mato Grosso. (2013-2016); Editora do periódico Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina da UNEMAT (2013-2018); Coordenou o Projeto de Extensão Revista Ciência e Estudos Acadêmicos de Medicina da UNEMAT; Formação: Licenciatura Plena em Letras - Português/Inglês (UNEMAT), Mestrado (FFLCH-USP - 2002) e Doutorado (FFLCH-USP - 2007), com a Tese: Entre Literatura e Imprensa: Percursos de Maria Archer no Brasil; Pós-Doutorado na Universidade de Lisboa (2011-2012), com Organização do Acervo Literário de Maria Archer, no Centro de Estudos Comparatistas, da Faculdade de Letras, da Universidade de Lisboa. Pós-doutorado Sênior pela Universidade de Aveiro, sob a supervisão de Maria Fernanda Brasete, Portugal (2018) MESA 3 | 16h30 - 18h00 Moderação: Cláudia Pazos-Alonso • ISABEL PIRES DE LIMA (FLUP - ILC), “Mulheres na Revolução: das Três Marias a Agustina” Professora Emérita da Universidade do Porto. Doutora Honoris Causa pela Universidade de Sófia. Investigadora do Instituto de Literatutra Comparada Margarida Losa (I&D da FCT). Estudos em Literatura Portuguesa e Comparada e em Interartes. Autora de As Máscaras do Desengano - para uma leitura sociológica de ‘Os Maias’ de Eça de Queirós (1987), Trajectos -o Porto na memória naturalista (1989), Retratos de Eça de Queirós (2000), Visualidades – A Paleta de Eça de Queirós (2008) e editora de Eça e "Os Maias" cem anos depois (1990), Antero de Quental e o Destino de uma Geração (1993), Eça de Queirós / Paula Rego, O Crime do Padre Amaro (2001), Vozes e Olhares no Feminino (2001), C. Castelo Branco / Paula Rego, Maria Moisés (2005); co-editora de obras sobre Agustina Bessa-Luís, José Gomes Ferreira, Óscar Lopes,Vergílio Ferreira. Centenas de artigos em revistas como Camões, Colóquio/Letras, Dedalus, Metamorfoses, Portuguese Cultural Studies, Revista da Faculdade de Letras da UP, Semear, Trans-Humanities, Via Atlântica. Deputada à Assembleia da República (1999-2005/2008-9). Ministra da Cultura (2005-8). VicePresidente da Fundação de Serralves (desde 2016). • MÁRCIA OLIVEIRA (Univ. Minho/CEHUM), “Womanart: Mulheres, Artes, Ditadura” Márcia Oliveira é bolseira de pós-doutoramento FCT em Estudos Artísticos/História da Arte no CEHUM (SFRH/BPD/110741/2015) e pertence ao grupo de investigação em Género Artes e Estudos Pós-Coloniais. Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra e mestre em Estética pela FCSH- Universidade Nova de Lisboa concluiu o doutoramento pela Universidade do Minho em 2013 com tese sobre arte e feminismo em Portugal no contexto pós-revolução. Foi visiting scholar no Centre for Women in the Arts, Rutgers University, NJ, USA, de Agosto a Novembro de 2016. É Investigadora Co-Responsável do Projeto WOMANART: Women, arts and dictatorship: Portugal, Brasil and Portuguese speaking African countries, financiado pela FCT PTDC/ARTOUT/28051/2017) tendo como investigadora responsável Ana Gabriela Macedo. • DEOLINDA ADÃO (Univ. Berkeley), “A audácia de escrever: uma abordagem da produção literária feminina” Deolinda Adão é Professora e Directora Executiva do Programa de Estudos Portugueses na Universidade da Califórnia, em Berkeley. É licenciada em Literatura e Línguas Hispânicas na Universidade da Califórnia em Berkeley em 2002 e doutorada em Literaturas e Culturas Luso-AfroBrasileiras pela mesma universidade em 2007, com especialização em mulheres, género e sexualidade. O tema da sua dissertação foi “A study of the construction of feminine identity in Portuguese literature”. Publica regularmente livros e artigos sobre o género feminino, com destaque para migrações femininas incluindo “As Herdeiras do Segredo: As Personagens Femininas na Ficção de Inês Pedrosa”. Em 2018, foi eleita Presidente da Luso-American Education Foundation, da qual já era membro desde 1996. Esta fundação dedica-se à promoção da Língua e Cultura Portuguesas no Estado da Califórnia. É membro do Conselho da Diáspora Portuguesa desde 2013 1.2 OS COLÓQUIOS MARIA ARCHER EU E ELAS - MULHERES QUE MUDARAM OS MUNDO DOS HOMENS (fevereiro e março de 2022) No lugar e no tempo de abertura ao público da Exposição de Homenagem a Maria Archer, entre 22 de fevereiro e 31 de março, realizou-se um ciclo de colóquios subordinado ao tema " Maria Archer, Eu e Elas - Mulheres que mudaram o mundo dos homens". Sempre à luz do exemplo de Maria Archer, foram levados a debate e reflexão os percursos de vida de algumas ilustres portuguesas que, como ela, foram precursoras, como modelos femininos de agir, inovadoramente, no espaço público: - Graça Guedes, Presidente da Associação Mulher Migrante, a primeira mulher, em Portugal, a fazer o doutoramento em Ciências do Desporto e a tornar-se professora catedrática nesse domínio; - Agustina Bessa Luís, a primeira Diretora de um grande jornal nacional, o Primeiro de Janeiro, apresentada por Nassalete Miranda, que foi, por uma década, a sua sucessora nesse cargo, e é. hoje, Diretora do Jornal "As Artes entre as Letras"; . - Amélia de Azevedo, Deputada Constituinte, e, nessa qualidade, uma das primeiras mulheres eleitas democraticamente para o nosso Parlamento, em 1975; - Maria Lamas, contemporânea de Maria Archer, primeira jornalista profissional na história da imprensa nacional, retratada por Ilda Figueiredo, Presidente da Direção do Conselho Português para a Paz - Ruth Escobar, a portuense que foi atriz, produtora, diretora e mudou a face do teatro no Brasil, e, também, a primeira mulher eleita deputada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, lembrada por um homem do teatro, José Caldas, um crítico de cinema, Danyel Guerra e pela primeira mulher Vice.Presidente da Assembleia da República, cargo para que fui eleita em 1987; - Maria Archer, de novo, evocada pela sobrinhaneta Olga Archer, por uma amiga brasileira, Blanche de Bonneval, e por Isabel Henriques de Jesus (Universidade Nova de Lisboa, CICS.Nova). 9 de março 3º Colóquio Por altura do Dia Internacional da Mulher, uma homenagem às primeiras mulheres portuguesas eleitas para um parlamento democrático, em 1975. na pessoa da Deputada Constituinte AMÉLIA DE AZEVEDO, com a participação das Doutoras Maximina Girão e Nassalete Miranda e testemunhos da Drª Aurora Pereira, do Prof Levi Guerra, do Dr Rui Amaral, da Drª Manuela Aguiar e do Dr Amândio de Azevedo 16 de março, 4º Colóquio "MARIA ARCHER e MARIA LAMAS, duas mulheres lutadoras", comunicação da Drª Ilda Figueiredo, Presidente da Direção do Conselho Português para a Paz 16 de março, 5º Colóquio "RUTH ESCOBAR, a portuense que ajudou a mudar o Brasil". Comunicações sobre uma grande atriz, e diretora de teatro, que foi a primeira Mulher eleita Deputada à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Comunicações do Diretor teatral José Caldas, do crítico de cinema Danyel Guerra, e de Maria Manuela Aguuir, primeira Mulher eleita Vice.Presidente da Assembleia da República em Portugal 31 de março, 6º Colóquio - sessão de encerramento. Comunicações da Profª ISABEL HENRIQUES DE JESUS ("De olhos bem abertos - nótulas sobre Maria Archer, em Eu e Elas") e da Drª OLGA ARCHER ("Recordar Maria Archer") NOVO CICLO DE COLÓQUIOS ONLINE Novo ciclo de colóquios está previsto, exclusivamente online, no 2º trimestre do ano. à volta das grandes causas de Maria Archer - a criação literária e artística das mulheres como expressão de liberdade e dimensão de cidadania, a compreensão da alteridade, a aproximação dos povos da lusofonia, (no trânsito da dominação colonial num novo espaço policêntrico), o feminismo como humanismo, as fronteiras de género, a desocultação do feminino na História. Maria Archer viveu num presente de que ela já era o futuro. Foi incompreendida, perseguida pelo regime salazarista, exilada, e, como escreveu Maria Teresa Horta, "deliberadamente apagada da História". No ocaso de uma brilhante trajetória que a doença encurtou, já não encontrava ânimo para combater o esquecimento a que fora sentenciada, mas acreditava que novos tempos lhe fariam justiça. Primeiro nos meios académicos do Brasil, agora, crescentemente, também em Portugal, uma plêiade de investigadores veio dar-lhe razão, realizar a sua esperança. A comemoração desta efeméride, em Portugal, no Porto, em Lisboa e no Brasil, é uma etapa do seu percurso de retorno. Quarenta anos após a sua partida, Maria Archer está de volta, para ficar na História das Letras e do jornalismo, da literatura colonial, da democracia, pela qual lutou na primeira linha de intervenção, e do feminismo, cuja bandeira empunhou em meio século de ditadura e obscurantismo. Os portugueses vão descobrir que tão inspiradora é a obra como a impetuosa vida de Maria Archer.

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