ábado, 15 de novembro de 2008
W 43 - O CASAMENTO DE MEUS PAIS - HÁ 67 ANOS
Em 15 de Novembro de 1941, a Maria Antónia Aguiar e o João Dias Moreira casaram na Igreja de S. Cosme, Gondomar. Toda a família presente, muitos amigos, também... A noiva, revolucionariamente, de fato de saia e casaco branco, "Chanel", em vez do tradicional vestido comprido, em que a mãe queria vê-la...
A Avó Maria, adoentada, e a Tia Lena, muito doente, com uma pleurisia quase fatal, foram as únicas ausências na Igreja, mas estiveram na festa, na Vila Maria.
Fotografias de conjunto não há, e dos noivos só se conhece uma, tirada pelo amigo Danilo, um bom amigo do meu pai, não um bom fotógrafo.
Depois da boda, o casal pernoitou em Espinho, nesta casa da R. 7, então pertencente ao bisavô Capella. De manhã, tomaram o pequeno almoço no Café Chinês, e seguiram no "Vouguinha" para o interior, sem dia certo para chegar a Viseu. Foi a noiva que escolheu como destino final essa cidade, onde queria ver as escadas suspensas (que eu, tendo estado tantas vezes em Viseu, nunca visitei). E pela região, passearam romanticamente, pouco importando ser tempo de fim de outono. Eis um sintético relato feito pela então noiva, que foi a oradora principal da nossa tertúlia de hoje, que juntou a Manela (Kika) e a Xaninha, à volta da mesa redonda, com toalha de linho e flores ao centro. Os habituais cozinhados da Olívia, uma excelente tarte de limão à sobremesa, os brinde, muito champanhe... Só faltava o noivo.Lembramos a sua alegria na comemoração das bodas de ouro!
Da lua de mel não fizeram fotografias, mas, dos anos que se seguiram há muitas.
Fotografias de conjunto não há, e dos noivos só se conhece uma, tirada pelo amigo Danilo, um bom amigo do meu pai, não um bom fotógrafo.
Depois da boda, o casal pernoitou em Espinho, nesta casa da R. 7, então pertencente ao bisavô Capella. De manhã, tomaram o pequeno almoço no Café Chinês, e seguiram no "Vouguinha" para o interior, sem dia certo para chegar a Viseu. Foi a noiva que escolheu como destino final essa cidade, onde queria ver as escadas suspensas (que eu, tendo estado tantas vezes em Viseu, nunca visitei). E pela região, passearam romanticamente, pouco importando ser tempo de fim de outono. Eis um sintético relato feito pela então noiva, que foi a oradora principal da nossa tertúlia de hoje, que juntou a Manela (Kika) e a Xaninha, à volta da mesa redonda, com toalha de linho e flores ao centro. Os habituais cozinhados da Olívia, uma excelente tarte de limão à sobremesa, os brinde, muito champanhe... Só faltava o noivo.Lembramos a sua alegria na comemoração das bodas de ouro!
Da lua de mel não fizeram fotografias, mas, dos anos que se seguiram há muitas.
7 comentários:
- Maria Manuela Aguiar disse...
- Na noite que os noivos passaram nesta casa de Espinho, a Mãe quis tomar um chá. Teve de ser o Pai a fazê-lo, porque ela não sabia como... Até eu sei, e sou uma completa nulidade em culinária. Para além de chá e café, não vou além de cozer ovos. Como dizia um amigo inglês:" Já percebi. Só sabes ferver água!" Mariazinha ficava aquém desta meta... As irmãs, todas, brilhavam no palco de uma cozinha! A Avó Maria também, porém, não foi com ela, na época já muito ocupada na sua missão de "voluntariado", mas com as criadas, que as outras aprenderam.
- sábado, 15 novembro, 2008
- Maria Manuela Aguiar disse...
- O Pai, portista como eu, teria hoje tido um bom presente de aniversário: o FCP ganhou 2-0 ao Guimarães! Fui ver, com o Tozinho, o sobrinho bisneto favorito do meu Pai. Ainda não tinha 4 anos feitos, quando ele morreu, poucos dias antes de nascer a Tété (em 1996), mas, durante muito tempo, lembrava-se imenso dele. E, no Natal desse ano, disse-me: "Hoje " dei um olá" ao Tio João". E eu, sem perceber de quem ele falava, perguntei: "Qual tio? O João Miguel?". Resposta: "Não. O teu Pai!" E eu, espantada: Como é que "deste o olá"? O menino de 4 anos, levantou os olhos para o céu e apontou com a mão: "Lá para cima".
- sábado, 15 novembro, 2008
- Maria Manuela Aguiar disse...
- Só uma vez festejamos o 15 de novembro, por ocasião do 50º aniversário. Na altura, estava eu de saída da vice-presidência da Assembleia (onde fui substituída pela Leonor Beleza), no processo eleitoral para o Conselho da Europa, que me interessava bastante mais do que aquele cargo protocolar, e, talvez por isso - por estar em fase de transição - preparei a festa muito imperfeitamente. Lapso imperdoável: esqueci-me da parte religiosa! A missa! Com o Padre Leão, que tem o dom raríssimo de dizer em poucos minutos, de uma forma lapidar, o essencial, talvez na capela da Nossa Senhora da Ajuda, onde o Pai ia diariamente. ... Depois, ainda chegou a ser pensado, no quadro de um ida colectiva a Fátima, mas... tinha passado a data. Ficou, pois, apenas a festa laica, no meu andar da Rua 7, que, com o sotão grande e os dois patamares de entrada (sem vizinhos, que são aves de arribação no verão...) , nos deu espaço suficiente. E que bela festa, animada pelas canções da "Família Aguiar Pereira"! Espero que eles contem, senão, conto eu, que remédio... Comenta a Docas, aqui ao lado: "Dá-me ideia de que vais ser tu..."
- domingo, 23 novembro, 2008
- Docas disse...
- Lembro-me que alguém lhes ofereceu um ramo com 50 rosas amarelas. Lindíssimas! Quem seria?
- domingo, 23 novembro, 2008
- Maria Manuela Aguiar disse...
- Náo sei ao certo, mas, jogando no perfil psicológico dos participantes, apostaria no Tio António. Um Aguiar, dos que conhecem o significado tradicional da "flor", para a família, e do amarelo para a minha Mãe. A Docas propende para a Meira. Não, disse eu, a Meira e Mário deram-lhes uma rosa espectacular, sim, mas de filigrana. Está no oratório da sala.
- domingo, 23 novembro, 2008
- Maria Antónia Aguiar disse...
- Quem mais se aproxima é a Docas. Foi o Paulo, que as ofereceu! Parece-me que o estou a ver, com o imenso ramo na mão, as 50 rosas deslumbrantes na mão, a entrar lá em casa. Mas é exacto, também, como diz a Manela, que a Meira me ofereceu uma rosa de filigrana, agora guardada numa redoma, dentro do oratório. A Xaninha e os filhos deram-nos muitas coisas, que saíam todas de uma gigantesca caixa de papel dourado. E a cada uma que anunciavam a peça, e o seu propósito, e tiravam-na lá de dentro. Era gargalhada geral! Depois cantaram, em coro, músicas tradicionais, daquelas que eu gosto, mas com letras inventadas por elas. Com muita graça, e vozes maviosas. Um ambiente perfeito, muito mais animado, no que respeita à festa, do que a do casamento, 50 anos antes. O único "contra" era o envelhecimento dos noivos. Ou do noivo, porque eu, naquela data, nos meus 70 e pouco, estava ainda como nova!
- domingo, 23 novembro, 2008
- Maria Antónia disse...
- Perguntam-me pormenores sobre a viagem de lua de mel, que eu já não sei responder. Do género:"Como ia vestida?"
- Sei que, durante a viagem, dei muito uso ao próprio fato de saia e casaco "channel" beige claro, com que casei na Igreja. Era elegante e quente, como convinha em época de inverno. E levava um casaco comprido, também. O tempo era de maior formalismo do que hoje. Nada de calças de ganga para senhoras, e nem mesmo para homens. O João também usou bastante o fato azul escuro do casamento. Lembro-me das viagens de comboio, em que dormi imenso tempo! Dos hóteis agradáveis, de alguns passeios pelas cidades (Aveiro, Viseu), dos restaurantes e cafés - mas tudo vago... Foi pouco mais de uma semana, porque o João era funcionário da Câmara de Gaia e esgotou as férias. Voltámos a Gondomar. Ficámos a viver em casa da minha Mãe. Lá, na Villa Maria, nasceram a Manela e a Lecas. A Manela, tal como o Tónio, no quarto grande, em cima (quarto mais fresco e arejado - era verão!). A Lecas, como o Mário, no 1º andar.
- segunda-feira, 24 novembro, 2008
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